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PREOCUPAÇÃO

Exposição à fumaça de cigarro aumenta chance de câncer em cães, diz pesquisa

Grupo pesquisou raça com alta incidência de câncer de bexiga, mas resultado serve de alerta para efeitos do fumo passivo nos animais

7 de janeiro de 2024
Redação ANDA
3 min. de leitura
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O terrier escocês, raça com alta incidência de câncer de bexiga, segundo pesquisadores. — Foto: Shirlaine Forrest/Getty Images

Um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, relaciona a exposição de cães à fumaça de cigarro com a predisposição em desenvolver câncer. A pesquisa analisou animais da raça terrier escocês, conhecida pela incidência de câncer de bexiga, e pôde comprovar que, no caso dos cães expostos à fumaça, os casos da doença foram mais numerosos.

No caso específico dos terriers escoceses, a chance de desenvolver câncer foi seis vezes maior no caso dos cães fumantes passivos, apontaram os pesquisadores. Embora cada raça tenha um perfil genético diferente, o estudo serve como alerta para todos que criam ou gostam de cachorros.

“O que esperamos que os tutores tirem disso é que, se puderem reduzir a exposição de seus cães à fumaça, isso poderá ajudar a saúde dos animais”, afirmou Deborah Knapp, veterinária e coautora do artigo, em um comunicado.

“Esperamos que eles parem de fumar completamente, tanto para sua saúde quanto para que continuem a cuidar de seus cães, mas quaisquer medidas para manter a fumaça longe dos cães ajudarão”.

Os químicos da fumaça do cigarro são absorvidos pelos cães na respiração ou no contato (lambidas, principalmente) com roupas que absorveram a fumaça. Esses produtos são posteriormente eliminados na urina, relatou a revista Newsweek.

A presença destas substâncias na urina pode justamente aumentar a chance de um câncer na bexiga ou trato urinário dos cães. É medindo essa presença, também, que se pode medir o quanto um cão ou uma pessoa foi exposta à fumaça de cigarro.

“O câncer é uma combinação daquilo com que você nasce, a sua genética, e daquilo a que você está exposto – seu ambiente”, disse Knapp. “Neste caso, estudamos esses cães durante anos e depois voltamos e perguntamos: ‘Qual era a diferença entre aqueles que desenvolveram câncer e aqueles que não desenvolveram câncer? Quais foram os fatores de risco?’”

A pesquisa permitiu descobrir que o fumo do cigarro é um dos principais fatores para o desenvolvimento do câncer de bexiga nos terriers escoceses, e que os cães podem até ser expostos ao fumo do cigarro quando o seu tutor não fuma, ao entrar em contato com roupas contaminadas pela fumaça.

Fonte: Um Só Planeta

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