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Experimento cruel provoca câncer e estresse violento em camundongos

12 de julho de 2010
3 min. de leitura
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Por Robson Fernando (da Redação)

A crueldade da ciência vivisseccionista parece não ter limites nem fim. Numa época em que governo brasileiro e organizações científicas tentam ludibriar a população, passando uma falsa imagem boazinha e ética do uso de animais não-humanos em pesquisas, experimentos brasileiros e estrangeiros nos mostram claramente que a experimentação animal não tem nada de dócil nem de ética.

A tortura científica da vez foi uma experiência estrangeira, divulgada na revista científica Cell, na qual camundongos tiveram células de melanoma, um tipo de câncer de pele, injetadas em sua pele, desenvolvendo tumores que os cientistas deixaram propositalmente crescer, e foram induzidos a uma situação de estresse extremo, sendo aprisionados numa gaiola relativamente lotada e cheia de objetos.

Um grupo controle de animais, também infectados com a injeção de células de câncer de pele, foi deixado preso em gaiolas comuns.

A experiência visava conhecer a relação entre o sofrimento de estresse e a progressão ou regressão de cânceres. O câncer nos camundongos estressados encolheu progressivamente, chegando a sumir em 17% dos animais. Mas, em compensação, houve muitos casos de violência física entre os bichos que sofreram com o estresse intenso dentro da gaiola lotada, sendo encontradas feridas e marcas de mordida em seus corpos.

Também para compensar essa “boa” descoberta, o grupo controle, mesmo induzido a exercícios físicos, viu o câncer crescer normalmente, sem nenhum impedimento, o que nos leva a acreditar que os animais desse grupo morreram com os tumores, com bastante sofrimento.

Os cientistas ainda tiveram a presunção de afirmar que o modo de vida humano (leia-se estresse) realmente tem um impacto relevante no prognóstico de câncer, mesmo tendo sua experiência aplicada apenas a camundongos, mesmo sabendo-se que o comportamento de alguns hormônios e do próprio melanoma é diferente em seres humanos em camundongos. Ou seja, superestimam as semelhanças entre o funcionamento do corpo humano e o dos roedores, ignoram as diferenças, que às vezes têm muita relevância na investigação científica, e arrogam uma falsa igualdade biológica entre humanos e roedores, a qual fundamenta os argumentos técnicos dos vivisseccionistas para que camundongos sejam os animais preferidos para serem torturados em experiências.

A experiência em questão foi um tripla tortura para os animais, que sofreram três vezes: com o aprisionamento perpétuo, sendo privados de liberdade por toda sua vida, com um câncer injetado em seus corpos e com um estresse extremo que os induziu à violência física mútua entre si.

Com informações do Estadão

Nota da redação: Essa experiência derruba o argumento de que o tratamento dado aos animais “de laboratório” é “digno” e “responsável” e não promove maus-tratos. Vivissecção, em sua própria essência, é privação total de direitos para os animais, é violência, é tortura, é prisão. É um dever ético fazermos pressão em cima da comunidade científica para que comece a haver um mínimo de interesse e compromisso para que métodos alternativos de pesquisa sejam desenvolvidos, que os cientistas parem de aprisionar, torturar e matar animais nos seus laboratórios e biotérios e que libertem a nós humanos da algema que, de certa forma, condiciona a manutenção da nossa saúde e vitalidade ao sofrimento intenso de animais não-humanos.

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