EnglishEspañolPortuguês

Eutanásia é cogitada para baleia encalhada em Laguna (SC)

9 de setembro de 2010
2 min. de leitura
A-
A+

Na tarde de ontem, quando a maré baixou e a baleia-franca ficou ainda mais atolada na areia, os pesquisadores conseguiram descobrir algumas características do mamífero encalhado em Laguna. Embora o sexo ainda não seja possível ser constatado pela posição em que ela se encontra, trata-se de um cetáceo de 15 metros de comprimento e mais de 40 toneladas.

A suspeita das causas do encalhe é de que essa baleia possa estar doente, segundo a bióloga e diretora de Pesquisa do Projeto Baleia Franca, Karina Groch. A desconfiança é baseada em questões como condições do mar e estatísticas.

“O mar estava em boas condições quando aconteceu o encalhe e várias outras baleias estão por perto e em segurança. Diante disso, algum problema de saúde pode ter feito essa baleia ficar desorientada e presa”, explica Karina.

No mês passado, o corpo de um filhote de baleia-franca foi levado pela maré até a praia do Gi, em Laguna. Em junho de 2005, foi na Praia do Cardoso, também em Laguna, que uma jubarte de 20 metros de comprimento e em decomposição apareceu na praia.

Quanto ao encalhe de terça-feira em Itapirubá, somente exames de laboratório com material coletado da carcaça, caso ela morra de forma natural ou por eutanásia, poderão definir a provável doença. A suspeita é de que o animal tenha contraído uma pneumonia ou infecção em órgãos vitais.

A antecipação da morte da baleia-franca por eutanásia foi cogitada ontem, caso as tentativas de remoção fracassem hoje e amanhã. Seria uma forma de aliviar o sofrimento do mamífero que já demonstra estar sem forças e poderia demorar mais dois ou três dias para morrer de forma natural.

Essa ideia só seria colocada em prática depois de esgotadas todas as tentativas de devolvê-la ao mar, segundo Karina Groch, do Projeto Baleia Franca.

Caso isso se confirme, a eutanásia seria feita com aplicação de uma injeção de doses elevadas de anestésicos. Uma veterinária do instituto R3 Animal, com sede em Florianópolis, está no local do encalhe para acompanhar a operação e prestar algum tipo de atendimento ao animal.

Se a morte da baleia for confirmada, ela será enterrada. Depois, integrantes do Laboratório de Mamíferos Aquáticos da UFSC e Unesc, de Criciúma, esperam a decomposição para realizar estudos e pesquisas.

 Fonte: Diário Catarinense

Você viu?

Ir para o topo