EnglishEspañolPortuguês

EUA aumentam proteção para tartarugas marinhas

17 de setembro de 2011
3 min. de leitura
A-
A+
Tartaruga cabeçuda albina nada em aquário do projeto Tamar, na Praia do Forte, Bahia (AFP/Arquivo, Evaristo Sá)

Os Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira (16) que aumentaram a proteção de cinco populações de tartarugas marinhas cabeçudas (‘Caretta caretta’), incluindo-as na categoria de “espécie em risco de extinção”, enquanto outras foram classificadas como “espécie ameaçada”.

A decisão de dividir as tartarugas desta espécie em nove populações diferentes para determinar os esforços de conservação é explicada em um documento de 331 páginas, elaborado pelo Serviço Federal de Pesca e Vida Silvestre (USFWS) e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos.

“Esta divisão nos ajudará a nos concentrarmos mais nas ameaças individuais que as tartarugas enfrentam nas diferentes áreas”, disse Jim Lecky, diretor de pesca de recursos protegidos da NOAA.

Tartaruga apanhada na rede de um navio camaroneiro (AFP, Ho)

“As espécies de distribuição ampla, como a tartaruga cabeçuda, se beneficiam da avaliação e da abordagem de ameaças em escala regional”, afirmou.

No entanto, a ONG Oceana, um importante grupo conservacionista que havia pressionado por mais proteção para as tartarugas marinhas, considerou a decisão ambígua.

“As tartarugas marinhas estão desaparecendo aos olhos desta geração”, alertou Whit Sheard, assessor da Oceana.

“Embora a designação atual renove as esperanças para as tartarugas cabeçudas do Pacífico Norte, deixa à própria sorte as espécies em risco no Atlântico”, explicou.

Duas populações de tartarugas – as do Oceano Indo-Pacífico Sudeste e as do Oceano Atlântico Norte-ocidental – foram passadas de “espécies em risco de extinção” para “espécies ameaçadas”, devido a o fato de suas áreas de nidificação se encontrarem em áreas protegidas e seus números estão se estabilizando.

Melhoras nas redes de pesca dos barcos camaroneiros, que agora incluem dispositivos que permitem às tartarugas eventualmente capturadas escapar, também têm ajudado a salvar populações destes animais.

As cinco populações que mantêm o status de “risco de extinção” estão no Oceano Atlântico Norte-oriental, no Mar Mediterrâneo, no Oceano Índico Norte, no Oceano Pacífico Norte e no Pacífico Sul.

A Oceana e o Centro da Diversidade Biológica estão entre os grupos ambientalistas que pediram, em 2007, que as tartarugas cabeçudas do Pacífico Norte e do Atlântico Norte-ocidental fossem classificadas como em risco de extinção.

“As tartarugas cabeçudas tiveram sua população reduzida em pelo menos 80% no Pacífico Norte e podem se tornar extintas funcional ou ecologicamente em meados do século XXI se não forem tomadas medidas de proteção adicionais”, alertou a Oceana em um comunicado.

“As praias da Flórida, que abrigam a maior população de nidificação de tartarugas cabeçudas no Atlântico Norte-ocidental, viram uma diminuição da nidificação de mais de 25% desde 1998”, acrescentou.

Fonte: AFP

Você viu?

Ir para o topo