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Estatísticas revelam que mais de 17.000 filhotes de Galgos são mortos por ano

2 de outubro de 2015
2 min. de leitura
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Por Vanessa Nórcia Serrão (da Redação)

Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

Um inquérito sobre a indústria de corridas de galgos na Austrália levantou que 17.000 filhotes de galgos, dos 17.500 nascidos por ano, são mortos pelo excesso de ninhadas por espectadores do “esporte”. Além disso, a indústria foi abalada por revelações de iscagem galopante com animais vivos através de investigação da ABC, a rede de televisão pública da Austrália.

O relatório confidencial da Greyhounds Australasia, o orgão que fiscaliza as corridas de galgos na Austrália e na Nova Zelândia e a RSPCA (Greyhound Racing South Australia), cuja principal responsabilidade é garantir que o esporte seja gerido de forma responsável e ética, descobriram que entre 13.000 a 17.000 filhotes saudáveis são mortos a cada ano dos 17.500 cães nascidos, algo em torno de 74 a 96 %.

Stephen Rushton, advogado que compõe a comissão especial de inquérito sobre a NSW SC disse: “apenas quatro em cada 100 galgos nascidos por ano vai participar das corridas até no máximo 42 meses de idade”. E completou: “Cerca de 96 dos 100 galgos saudáveis nascidos por ano serão assassinados pela indústria para qual eles foram criados. Em comparação, a RSPCA resgata por ano 7.307 cães de quase 46.000 – uma taxa de 15,9 por cento.

O tribunal também ouviu depoimentos inéditos de práticas cruéis como a iscagem viva que desencadeou o inquérito depois que um relatório do programa ABC Four Corners revelou em fevereiro que coelhos, porquinhos e gambás foram usados como isca viva para fazerem os cães correrem.

O treinador Wayne Smith descreveu como ele jogou um coelho vivo aos sete filhotes de galgo de três meses de idade que ele tinha em casa. Smith disse ao tribunal “que treinou os filhotes bem cedo esperando por um resultado melhor nas corridas”. Em outra ocasião, ele e seu colega, o instrutor Adam Wallace, arrastaram um coelho vivo na frente de um galgo através de braço mecânico para “educar” o cão.

A NSW chegou a expressar que estava em choque depois das revelações da ABC, mas Rushton disse que a perseguição com iscagem viva era frequente e a NSW tinha conhecimento sobre a prática. Ainda segundo Rushton 90% havia usado iscagem viva e a regulamentação para expulsar praticantes não poderia manter muitas pessoas nessa condições.
Rushton disse que a indústria das corridas de galgo está em crise, pois há dúvidas sobre se o alcance necessário para a mudança cultural manterá a licença social para funcionar.

Nota da Redação: A posição da ANDA é completamente contrária a qualquer tipo de exploração animal. Por isso, atividades onde animais sejam obrigados a atuar involuntariamente correndo risco de vida constante, como é o caso dos galgos, são inadmissíveis. Os animais merecem total liberdade.

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