A diversidade de morcegos que vivem no Pantanal sul-mato-grossense, a conservação das espécies e o que fazer diante de notificações do animal dentro do perímetro urbano. Essas foram as pautas da palestra “Aspectos biológicos e econômicos de espécies de morcegos que ocorrem no Pantanal/MS”, promovida pela Comissão do Meio Ambiente (Comam), da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), nessa sexta-feira (23). O evento contou com a parceria da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais e teve participação de advogados, biólogos e acadêmicos.

Na palestra foram abordados estudos realizados pela pesquisadora Eliane Vicente, com o intuito de aumentar a conscientização sobre a importância da conservação das espécies de morcegos que ocorrem no Pantanal. Ainda há outros fatores abordados na pesquisa e no trabalho junto às comunidades pantaneiras que foram tratados na palestra, como a capacidade dos animais de disseminarem doenças, como a raiva e a histoplasmose. Neste sentido, de acordo com a pesquisadora, os estudos realizados no Pantanal têm aplicabilidade na saúde pública.

De acordo com Eliane, a sociedade precisa se conscientizar da relevância que o morcego tem no ecossistema. O Brasil conta com 69 espécies de morcegos inclusos na lista de ameaçados, número que é considerado subestimado, já que há grande diversidade de espécies no País. Para a presidente da Comam, Helena Clara Kaplan, o debate é fundamental para que as informações possam ser disseminadas de maneira clara e objetiva. “Precisamos nos conscientizar para evitar a extinção de espécies ameaçadas e discutir medidas de orientação à população que convive com os morcegos”, comenta a advogada.

O grupo também debateu sobre os problemas enfrentados no perímetro urbano, onde os morcegos se alojam em casas e construções. Uma das soluções apresentadas no debate é quando o cidadão passar por essa situação deve ligar para a Polícia Militar Ambiental, que é treinada e especializada em recolhimento de animais silvestres. O telefone é o 3357-1500 ou pelo 190.

Fonte: Correio de Corumbá