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Entenda por que a companhia dos animais faz tão bem para a saúde

24 de dezembro de 2009
5 min. de leitura
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Imagem: O Globo
Imagem: O Globo

Aqueles que têm um animal de estimação já sabem: bichos fazem as pessoas sentirem-se bem. Mas estamos falando de mais do que isso. Seu bicho favorito pode não só torná-lo mais saudável, como mantê-lo assim. Bastam de 15 a 30 minutos com um cachorro ou um gato para a pessoa tornar-se menos ansiosa e estressada. O corpo naturalmente vai passando por mudanças físicas que ajudam a desacelerar e transformam o humor. O nível do cortisol, hormônio associado ao estresse, diminui. A produção de serotonina, um importante mensageiro químico associado ao bem-estar, aumenta.

Bichos mantêm a pressão em dia

É claro que você ainda terá que cuidar do peso e se exercitar. Mas ter um animal de estimação pode ajudá-lo a manter sua pressão em bons níveis. Num estudo americano com 240 casais, os que têm animais de estimação apresentaram níveis de pressão mais baixos e menor incidência de problemas no coração. Outro estudo mostrou que crianças com hipertensão arterial baixaram os níveis enquanto cuidavam de um cachorro.

Ajudam a baixar o colesterol

Não é para fugir da cartilha médica: dieta, exercício e, em alguns casos, remédio, são importantes para baixar o colesterol. Mas os bichos também: pesquisadores constataram que aqueles que têm animais têm níveis de triglicerídeos e de colesterol mais baixos.

Gatos e cachorros fazem bem ao coração

Imagem: O Globo
Imagem: O Globo

Um estudo que durou mais de 20 anos mostrou que pessoas que não tinham um gato tinham 40% mais risco de morrer de um ataque do coração do que aquelas que tinham o animal. Os pesquisadores não sabem por quê. Mas os ataques de coração são mais raros entre aqueles que têm gatos. A hipótese é de que os gatos têm um efeito maior calmante sobre os tutores do que os outros animais. Outro estudo mostrou que os tutores de cachorros têm muito mais chance de sobreviver a um ataque cardíaco. Os tutores de animais de estimação apresentaram um risco menor de morrer de qualquer doença do coração.

Animais combatem a depressão

Terapeutas já prescrevem bichos de estimação como um caminho para lidar com a depressão e se recuperar da doença. Não há amor mais incondicional do que de um bicho pelo seu tutor. Cuidar de um animal tem efeito calmante: caminhar com ele, brincar, alimentá-lo tira você do centro das atenções e faz com que você se sinta melhor na maneira como lida com o tempo.

Uma forma física melhor

Pessoas que têm cachorros tendem a ser mais ativas e mais magras do que aquelas que não têm. Levar o seu cachorro para uma caminhada de 30 minutos todos os dias fará com que você não fique parado. Duas caminhadas de 15 minutos, uma pela manhã e outra à tarde, terão o mesmo efeito.

Mais interação, menos isolamento

Um segredo para manter a mente saudável é manter-se ligado aos outros. Pessoas que têm cachorros costumam conversar com outras que também têm nas ruas, andando na praia. É um bom caminho para a socialização.

Menos alergias, imunidade fortalecida

Pesquisadores notaram que, quando as crianças crescem numa casa onde há um cachorro ou um gato, elas têm menos possibilidade de ter alergia. O mesmo ocorre com as crianças que moram em fazendas com grandes animais. Além disso, níveis mais altos de alguns sistemas químicos ligados à imunidade indicam um sistema imunológico mais forte. E mais: por mais contraditório que pareça, crianças que crescem com gatos têm menos risco de ter asma. Só há uma exceção: aquelas cujas mães têm alergia ao pelo do gato têm três vezes mais risco de desenvolver asma se entrarem em contato com gatos.

Parcerias com os terapeutas

Imagem: O Globo
Imagem: O Globo

Cachorros podem ser aliados na terapia. O animal no consultório costuma deixar as pessoas mais seguras, e também pode mostrar um outro ponto de vista para um paciente. Nos hospitais e em asilos, estudos indicam que a presença dos bichos diminui a ansiedade e o humor dos pacientes. Também acelera a recuperação e aumenta a coordenação motora de crianças e idosos.

Alerta em crises epiléticas

Animais são mais sensíveis às mudanças bruscas de comportamento e podem ser aliados de pacientes epiléticos. Cachorros costumam latir ou ficam extremamente inquietos durantes as crises de seus tutores. Outros se deitam ao lado da pessoa para evitar que ela se machuque. Nos Estados Unidos, organizações sem fins lucrativos treinam cachorros para acompanhar epiléticos.

Um apoio maior para autistas

Problemas sensoriais são comuns para crianças autistas. Exercícios com cães e cavalos podem ajudar os pacientes a conviverem melhor socialmente. Eles também costumam deixar as crianças mais calmas e tolerantes.

Ajudinha para ter ossos mais fortes

Caminhar diariamente com seu bicho de estimação é uma ótima forma de fortalecer os ossos e diminuir o risco de osteoporose. As caminhadas fortalecem a musculatura da perna e dos quadris. Se for durante a manhã, melhor ainda, já que o corpo passa a sintetizar mais vitamina D quando exposto ao sol. Os bichos também podem trazer alívio para quem sente dor, diminuindo a intensidade das crises de artrite reumatoide e fibromialgia. Além da distração, os animais incentivam uma vida mais ativa, medida necessária mas geralmente difícil para os portadores de dores crônicas.

Fonte: O Globo

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