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DESCANSO

Elefante Sandro será transferido de zoo de Sorocaba para santuário

A recomendação do MP foi feita após a morte de Haisa, no dia 18 de novembro de 2020. Eles foram companheiros por 20 anos.

15 de março de 2022
Thayanne Magalhães l Redação ANDA
2 min. de leitura
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Elefante Sandro no Zoológico Municipal ‘Quinzinho de Barros’, em Sorocaba, em setembro de 2021 (Foto: Eduardo Ribeiro Jr./G1/Arquivo)

O elefante Sandro será transferido do Zoológico “Quinzinho Barros”, em Sorocaba (SP), para o Santuário de Elefantes Brasil, na Chapada dos Guimarães (MT). A mudança acontece depois que a Prefeitura de Sorocaba acatou a recomendação do Ministério Público. A transferência ainda não tem data definida.

A recomendação do MP foi feita após a morte de Haisa, no dia 18 de novembro de 2020. Eles foram companheiros por 20 anos.

O caso é acompanhado pelo promotor Jorge Alberto de Oliveira Marum.

A prefeitura informou ao G1 que a decisão é para buscar o melhor para o bem-estar do elefante, em razão da necessidade de convívio com outros indivíduos da sua espécie. Agora, estão sendo preparados os trâmites legais e também está sendo estudada a forma de transporte.

Sandro era animal de circo até ser transferido para o zoo. Atualmente, é considerado um animal idoso.

Morte de Haisa

O anúncio da morte da elefanta Haisa foi feito pela Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema) horas depois de uma ONG ter entrado na Justiça para pedir uma apuração da situação do animal, que sofria de artrose, em novembro de 2020. Além da ONG, o Ministério Público abriu um procedimento preparatório.

Segundo a Sema, um guarda civil municipal fazia patrulhamento no local quando presenciou o momento em que Haisa morreu perto do recinto.

Na madrugada seguinte, a elefanta foi retirada do zoo com a ajuda de um guindaste e transportada até o hospital veterinário de uma universidade particular de Sorocaba por um caminhão. Haisa foi enterrada um dia depois de sua morte em uma área do Parque Natural “Chico Mendes”.

Antes da morte de Haisa, vídeos publicados nas redes sociais mostraram a situação do animal, que não conseguia caminhar ou se alimentar e tinha machucados pelo corpo.

Segundo a ação do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal na Vara da Fazenda Pública de Sorocaba, ela parecia apresentar infecção e necrose nas patas, não conseguindo se firmar em pé.

De acordo com o promotor Marum, a averiguação do caso seria preliminar por parte do MP. Conforme a prefeitura, desde o mês de maio aquele ano, a elefanta apresentava dificuldade locomotora.

Uma avaliação clínica mostrou aumento de volume em membros torácicos e enrijecimento articular nos cotovelos do animal. Após exames, foi constatado um quadro de artrose, uma doença degenerativa que não tem cura.

Casos como esse reforçam a crueldade humana em manter animais aprisionados. Sandro passou seus primeiros anos sofrendo maus-tratos em circo para em seguida viver aprisionado em um zoo, apenas para entreter pessoas insensíveis. Assim como nós, os animais nasceram para viver em seu habitat, junto de sua espécie, e não paraa levar uma vida infeliz, sem liberdade.

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