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Deputado discute políticas públicas para os animais na Assembléia Legislativa

11 de julho de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O deputado estadual Marcio Fernandes promoveu nesta tarde (09) mais um debate no Plenarinho da Assembleia Legislativa em defesa da causa e bem-estar dos animais. A diretora do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Angela Caruso, o vereador de Três Lagoas, Beto Araújo e representantes de ONGs e abrigos participaram do encontro.
“Esta é a quarta reunião que nós estamos realizando com o objetivo de discutir o abandono de cães e gatos, a implantação do projeto de castração desses animais e a viabilidade de um hospital público, entre outros assuntos. Angela Caruso é uma expressiva liderança nacional nesta causa e conhecer as conquistas levadas para o Estado de São Paulo pode nortear os caminhos viáveis para Mato Grosso do Sul seguir”, acredito.
A diretora do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Angela Caruso, destacou que é preciso tratar política pública dos animais no mesmo patamar de qualquer outra política nos municípios e que os gestores não podem mais ignorar a importância do assunto. Angela contou a experiência realizada no Estado de São Paulo para viabilizar a construção de Hospitais Públicos e alertou que os impactos foram diretos na prevenção e saúde de toda a sociedade. “Nem sempre o que é feito em São Paulo é modelo, mas pode servir de inspiração. O atendimento gratuito realizado nos animais minimizou o aumento populacional de animais nas ruas, os casos de leishmaniose diminuíram drasticamente, além do vínculo emocional/afetivo que podem transformar o dia a dia do ser humano quando seu bicho de estimação não está bem”, pontua.
Durante o debate o deputado estadual Marcio Fernandes detalhou os Projetos de Lei apresentados após a audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, que discutiu o abandono de animais e descarte de carcaças e os questionamentos levantados para o Centro de Controle de Zoonoses na tentativa de esclarecer alguns atendimentos.
A diretora da Mapan/CG, Amanda Bileski, que atende 52 animais (32 cachorros e 20 gatos), explica que a população costuma direcionar todos os encaminhamentos para as ONGs como se fosse de responsabilidade da organização resolver os casos de maus tratos ou doenças. “Recebo uma ajuda financeira mínima de custo que não comporta a quantidade de gastos e despesas que temos. Acredito que em primeiro lugar é necessária a conscientização das pessoas quanto a importância da castração, da adoção responsável e do não abandono”.
Na contramão do que muitos defensores pensam, Angela Caruso realça com muita tristeza a realidade do abrigo que é presidente, “Quintal São Francisco”, criado em 1.961. Apesar da experiência que adquiriu no comando da ONG, Angela explica que, depois de tudo o que viveu, decidiu fazer o caminho inverso. “Sonhava em ter um terreno para resgatar os bichos das ruas. Durante o percurso, descobri que as coisas não eram como eu imaginava. Vivo um conflito pessoal e carrego comigo uma culpa por não poder impedir a morte de muitos deles. Incentivo os adeptos à causa a trabalharem para o todo, pela implementação de algo que fica, priorizando as condições mínimas de bem estar para o animal viver”, conclui emocionada.
De acordo com as protetoras dos animais, a solução para ajudar os abrigos esbarra na burocracia da liberação de recursos. A ausência de representantes do poder executivo estadual e municipal foram lembradas durante a reunião e destacada pelos participantes que o envolvimento do poder público é fundamental. O próximo passo, conforme o parlamentar é conseguir uma audiência com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja e o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte.
“Foi uma iniciativa que nos surpreendeu. O deputado abriu as portas desta Casa de Leis e vimos que a nossa causa não é em vão. Ter alguém do poder público ao nosso lado pode acelerar as conquistas que por anos desejamos. O engajamento dele nos trouxe mais esperança”, relata Amanda.
Fonte: A Crítica

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