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FRUTOS DA DOR

"Deixe queimar", diz ONG sobre o estoque de 75 toneladas de chifres de rinoceronte na África do Sul

27 de março de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Conservation Action Trust

A África do Sul abriga mais de 75 toneladas de chifres de rinoceronte, provenientes de várias fontes, incluindo animais que morreram naturalmente, apreensões em operações anti-contrabando e chifres retirados de rinocerontes vivos em uma tentativa de dissuadir caçadores.

Um relatório recente da Fundação EMS, uma organização sul-africana de bem-estar da vida selvagem, argumenta que todos esses arsenais de chifres devem ser destruídos para evitar que sejam desviados para o comércio ilegal de chifres de rinoceronte por meio de roubo ou corrupção.

O relatório compara os números de estoque fornecidos pelo Departamento de Florestas, Pescas e Meio Ambiente (DFFE) em maio de 2019 e dezembro de 2020. Durante os 17 meses entre essas datas, os estoques governamentais e privados diminuíram, levantando preocupações sobre o possível vazamento de chifres para o mercado ilegal.

Desde 2016, quase 1000 kg de chifres de rinoceronte apreendidos em várias operações foram rastreados até os arsenais sul-africanos, tanto públicos quanto privados. Essas apreensões representam uma parte significativa de todos os chifres de rinoceronte confiscados pelas autoridades durante esse período.

Michele Pickover, diretora da Fundação EMS, argumenta que os estoques de chifres de rinoceronte se tornaram uma fonte adicional para o comércio ilegal devido aos roubos frequentes e à falta de controle eficaz por parte do DFFE.

O governo e os proprietários privados acumularam esses arsenais ao longo de décadas, incluindo chifres de rinocerontes mortos naturalmente, apreendidos e descornados. No entanto, com a proibição do comércio internacional de chifres de rinoceronte pela CITES desde 1977, há poucas opções legais para o destino desses chifres.

Embora alguns argumentem a favor da legalização do comércio internacional como uma forma de proteger os rinocerontes e gerar receita para a conservação, outros, como a Fundação EMS, defendem a destruição dos arsenais para evitar a perpetuação do comércio ilegal e o risco associado de roubo e corrupção.

A Ministra do Ambiente, Barbara Creecy, está sob pressão para tomar medidas, incluindo a possível consulta aos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral sobre a destruição dos estoques de chifres de rinoceronte como uma opção para conter o comércio ilegal e promover a conservação da vida selvagem.

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