Depois da descoberta das 80 toneladas de peixes mortos no rio do Sinos, em outubro de 2006, começou a busca de culpados. A Utresa, Central de Resíduos Industriais Perigosos, foi apontada como a principal responsável. A entidade, localizada em Estância Velha, lançava efluentes sem tratamento nos arroios que fazem parte do Sinos. Uma ação civil pública e duas ações criminais foram movidas pelo Ministério Público Estadual.
Então diretor da entidade, o engenheiro Luiz Rupphental acabou condenado a 30 anos de prisão pela prática de crimes ambientais. No Tribunal de Justiça, conseguiu redução da pena e segue em liberdade em razão de um habeas corpus obtido no Superior Tribunal de Justiça. O advogado de Ruppenthal, Felipe Zago, tem uma nova estratégia: Ou seja, vai pedir a anulação dos processos criminais e tem certeza que com o laudo vai conseguir inocentar o engenheiro.
Quatro anos depois da tragédia, o promotor Paulo Vieira, que coordena as ações, segue com a mesma convicção de que a Utresa, então administrada por Rupphental, foi a principal responsável pela maior tragédia ambiental do Rio Grande do Sul. Por outro lado, está na fase de alegações finais o outro processo criminal que tramita em Estância Velha. Na ação civil pública, a Utresa segue sob intervenção judicial. Nos próximos dias, será divulgado o resultado da auditoria que apontará um diagnóstico da entidade.
Fonte: Click RBS