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Defensores vão à Brasília para pedir aumento nas penas para crimes contra animais

9 de outubro de 2013
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Senador Armando Monteiro PTB-PE, Rubens  Pacheco OAB-SBC, Cintia Fratini - SOS Fauna, Senador Eduardo Amorin PSC-SE, Vânia Tuglio GECAP-MP, Senador Pedro Taques PDT-MT, Antilia Reis OAB-SBC, Ricardo Ligiera OAB-SP, Sonia Fonseca -Forum Nacional de Proteção e Defesa Animal e Lilian Rockenbach - Movimento Crueldade Nunca Mais - Foto: Divulgação
Senador Armando Monteiro PTB-PE, Rubens Pacheco OAB-SBC, Cintia Fratini – SOS Fauna, Senador Eduardo Amorin PSC-SE, Vânia Tuglio GECAP-MP, Senador Pedro Taques PDT-MT, Antilia Reis OAB-SBC, Ricardo Ligiera OAB-SP, Sonia Fonseca -Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e Lilian Rockenbach – Movimento Crueldade Nunca Mais – Foto: Divulgação

Em reunião com senadores da Comissão Especial encarregada de debater o projeto do Novo Código Penal (PLS 256/2012) e representantes de movimentos de proteção animal, nesta terça-feira (08), o senador Pedro Taques (PDT-MT) recebeu novas contribuições a respeito dos crimes contra a animais.

Membros do Movimento Crueldade Nunca Mais, Ministério Público de São Paulo, OAB-SP e SOS Fauna pedem ao relator da reforma legislativa penas mais severas para quem pratica crimes contra animais, em especial a pena de dois a seis anos para quem comete maus-tratos. Atualmente, a pena varia de três meses a um ano. Também cobraram pena mínima de dois anos para toda a seção de crimes contra a fauna, equiparação das penas para tráfico de animais com drogas e armas; além da manutenção das penas para rinhas, transporte inadequado, abandono e omissão de socorro.

Pedro Taques e os senadores Armando Monteiro (PTB-PE) e Eduardo Amorim (PSC-SE), presentes no encontro, receberam levantamentos, estudos e uma nota técnica apontando aspectos do projeto que, na avaliação dos movimentos, merecem mudanças. O material também será encaminhado aos outros nove senadores titulares da comissão e 11 suplentes que foram convidados para a reunião e não compareceram em virtude de conflito de agenda.

“Esperamos que o projeto seja revisto e o clamor da sociedade seja ouvido. Pesquisas comprovam que proteger animais não é uma questão meramente humanitária. É uma questão de segurança pública, uma vez que quem comete crimes contra animais é cinco vezes mais propenso a cometer crimes contra humanos”, afirmou a coordenadora do Crueldade Nunca Mais, Lilian Rockenbach.

O prazo para apresentação de emendas ao PLS 256/2012 será encerrado no dia 18 deste mês e o relator deve entregar seu parecer até 18 de novembro. A previsão é que o parecer-final seja votado até o final deste ano. “Entendo que uma legislação deva ser feita com a participação de técnicos e, principalmente, do cidadão que é o principal destinatário de uma lei. Peço para que sensibilizem os demais parlamentares para esta causa porque todos terão o poder do voto quando começarmos a analisar o relatório”, explicou o relator.

Conforme explicou Pedro Taques, a regulamentação dos crimes contra a fauna, feita hoje basicamente pela Lei 9.605/1998, se demonstra insuficiente para a efetiva proteção que a questão exige. Em relação a esta legislação, o primeiro texto apresentado pelo parlamentar traz inovações no que diz respeito a maus-tratos; experiência dolorosa ou cruel de morte; rinhas; caça a animais silvestres e destruição de ninhos; e exportação de produtos da fauna silvestre.

Para a promotora de justiça e colunista da ANDA, Vania Tuglio, Integrante do Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo Urbano (GECAP/MP-SP), a atual legislação possui inúmeras lacunas que resultam na impunidade. “O tráfico de animais silvestres, por exemplo, ocorre, na sua grande maioria, dentro do Brasil e acaba ficando com a pena ínfima, de um a dois anos. Esta pena não permite que se faça um combate efetivo de um crime tão grave”, argumentou.

Ao final da reunião, o senador Pedro Taques observou que, assim como recebeu milhares de manifestações pedindo a revisão das penas para crimes contra a fauna, também recebeu estudos técnicos apontando que o ideal seria manter os dispositivos da atual legislação.

“Por isso eu volto a falar que recebo todas as contribuições com total respeito, venho conversando com os senadores e apresentando as demandas. Na condição de relator do Novo Código Penal, tenho a missão de construir esse consenso entre as diversas opiniões”, finalizou.

Fonte: Blog Reforma do Código Penal

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