A organização Animal Outlook – uma ONG em defesa dos direitos animais – postou na última quarta (8/10) um vídeo documental que mostra a vida de uma vaca, Winnie, dentro da indústria da produção de leite. O curta foi publicado no canal no YouTube da organização e tem pouco mais de cinco minutos.
“The Life of Winnie” mostra os animais vivendo em péssimas condições: superlotação, ambientes sujos, bezerros separados das mães logo no nascimento e sendo alimentados à força com tubos de leite artificial. A atriz e cantora Daniella Monet foi a narradora e o vídeo foi filmado em vários estados dos EUA. Todavia, representa uma realidade global nessa indústria.
“Neste vídeo, que é o primeiro que lançamos como parte de uma série que destaca diferentes aspectos da pecuária, os espectadores conhecem Winnie e a verdade sobre a curta e dolorosa vida de milhões de vacas na indústria de laticínios”, informa a entidade, segundo o portal Vegazeta.
O documentário também mostra em detalhes os maus-tratos sofridos pelos animais. Eles são tratados como descartáveis, além de serem chutados, empurrados e arremessados constantemente. Há cenas de bezerras sendo descornadas com ferro quente sem qualquer tipo de anestesia e de vacas sofrendo no processo de inseminação
“A indústria de laticínios quer que você acredite que o leite vem de vacas felizes, mas nossas imagens mostram uma realidade comovente”, disse Cheryl Leahy, diretora executiva da Animal Outlook.
Na pecuária leiteira, as vacas geralmente vivem cinco anos, apesar da média da espécie ser 20 anos. Após sua morte por abatimento, são vendidas como carne, mas com um preço mais baixo, por ser considerado um produto de menor qualidade.
“Por trás de cada gole de leite ou colher de sorvete à base de leite há abuso e exploração inaceitáveis. Infelizmente, nossas investigações mostram que as práticas comuns da indústria são tão severamente abusivas que resultariam em crueldade criminosa se infligidas aos cães e gatos com quem convivemos. Esperamos que nosso novo vídeo ajude o consumidor a entender a verdade sobre a indústria de laticínios,” finaliza Cheryl Leahy.
