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Crimes ambientais ameaçam animais selvagens e últimas florestas intocadas da Europa

25 de novembro de 2017
2 min. de leitura
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A região do Danúbio-Cárpatos, localizada na Europa Central e Oriental e conhecida por seus tesouros naturais, sofre uma grave ameaça dos crimes ambientais, ressalta o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UN Environment), o World Wildlife Fund for Nature (WWF) e a Eurac Research.

Foto: GCN

A exploração madeireira e o comércio de animais silvestres ameaçam a biodiversidade da região e os meios de subsistência das pessoas, apesar da legislação ambiental europeia e internacional. O mercado único da União Europeia (UE) acrescenta desafios adicionais para controlar o comércio de animais que ocorre livremente nos 28 países membros.

A exploração madeireira destrói algumas das últimas florestas virgens da Europa, uma parte considerável protegida como Património Mundial da UNESCO. Ainda que as estimativas variem em toda a região, imagens de satélite e relatórios enfatizam que a indústria madeireira é uma das ameaças mais significativas para a sustentabilidade.

As florestas dos Cárpatos são o lar das maiores populações restantes de ursos pardos, lobos e lince, que, apesar de serem protegidas pelas leis e convenções da UE e pelas leis internacionais, são frequentemente caçadas.

A bacia do rio Danúbio também abriga as últimas populações viáveis de esturjões europeus. O caviar é vendido por até seis mil euros por quilograma no mercado negro. Uma das espécies de esturjão do Danúbio desapareceu e quatro estão criticamente ameaçadas de extinção.

De 11 a 36 milhões de aves são mortas no Mediterrâneo anualmente e isso está aumentando. As aves são vendidas em restaurantes em locais como a Itália e Malta, reportou a ONU.

“As últimas florestas antigas da Europa e sua biodiversidade estão desaparecendo a taxas alarmantes. O rio Danúbio, no coração da Europa, abriga o esturjão, uma das espécies de peixes mais antigas e ameaçadas do mundo. O comércio de caviar extinguirá essa espécie a não ser que uma ação seja adotada para evitar isso”, disse Marco Lambertini, diretor-geral da World Trade Fund for Nature (WWF) International.

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