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Cresce o número de cirurgias plásticas em animais nos EUA

16 de dezembro de 2013
2 min. de leitura
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(Imagem: Shutterstock)
(Imagem: Shutterstock)

Uma empresa americana de seguros de saúde para animais domésticos constatou que foram gastos em torno de 62 milhões de dólares no ano de 2012 somente em procedimentos cirúrgicos estéticos em cães e gatos nos EUA.

Apesar de o levantamento ter sido feito por uma seguradora de planos de saúde animal americana, todos esses procedimentos não foram cobertos.

Cirurgias estéticas não são contempladas pelos planos de saúde animal da mesma forma que os planos para humanos. Muitos veterinários se recusam a realizar esse tipo de procedimento, pois essa “moda” tem riscos.

Cirurgias para redução da barriga como abdominoplastia, implantes de ouvido e aplicação de botox: esses procedimentos não são exclusivos para os humanos em busca de perfeição física. Muita gente com dinheiro para gastar procura procedimentos estéticos para “consertar” alguma coisa no seu animal também. Cirurgiões plásticos veterinários oferecem opções de próteses de silicone de testículos para substituir a ausência de uma das glândulas nos cães com criptorquidias.

O procedimento é eticamente questionável entre veterinários e criadores: características de caráter genético podem ser mascaradas.

Até que ponto seria somente vaidade colocar uma prótese testicular em um cão com criptorquidia? Seria uma forma de mascarar o defeito, permitindo que um cão com esse problema participe de competições, ou seja, um reprodutor que irá produzir crias que irão ter o mesmo problema.

As cirurgias e interferências estéticas vão à contramão das determinações legais. O Conselho Federal de Medicina Veterinária, órgão regulador da atividade da atividade dos Médicos Veterinários no Brasil, publicou, no ano de 2013, uma resolução que proíbe o corte de caudas de cães, complementando uma portaria publicada em 2008, que proíbe o corte de orelhas, das cordas vocais dos cães, conhecida como cordectomia, e a retirada de unhas dos gatos.

As cirurgias em cães e gatos com fins estéticos não são recomendáveis. Podem alterar padrões importantes do animal e comprometer até mesmo a sua forma de se expressar e se defender. É mais adequado deixar as cirurgias plásticas com essa finalidade somente para os humanos.

Fonte: Agenda

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