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VITÓRIA

Comércio de pele de burro é proibido pela União Africana

19 de fevereiro de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Donkey Sanctuary

A proibição do comércio de pele de burro em toda a África foi saudada por instituições e organizações em defesa dos direitos animais. Essa medida tornará ilegal a morte de burros para obtenção de pele em 55 países do continente. A procura por peles de burros é impulsionada pela popularidade de um antigo medicamento chinês chamado Ejiao, tradicionalmente feito a partir da pele desses animais.

Os líderes estaduais africanos aprovaram essa proibição durante a cúpula da União Africana, realizada na Etiópia, no domingo. A instituição de caridade Donkey Sanctuary denunciou o comércio como “brutal e insustentável”, destacando seu impacto devastador nas populações de burros em todo o mundo, especialmente na África e na América do Sul.

A substância Ejiao é associada a supostos benefícios para a saúde e anti-envelhecimento, embora sem comprovação científica. Empresas chinesas costumavam utilizar peles de burros da China, mas com a diminuição desses animais no país, voltaram-se para o exterior.

O Dr. Solomon Onyango, do Santuário de Burros no Quênia, explicou que, inicialmente, muitos governos africanos viram isso como uma oportunidade, abrindo matadouros legais. Contudo, entre 2016 e 2019, cerca de metade dos burros quenianos foram mortos para esse comércio.

Foto: Donkey Sanctuary

A proibição foi elogiada como um passo crucial para proteção destes animais maravilhosos. Cerca de dois terços da população mundial de burros, estimada em 53 milhões, está em África.

Raphael Kinoti, diretor regional da instituição de caridade The Brooke, na África Oriental, destacou a importância dessa decisão, considerando-a um “momento fantástico” para as comunidades africanas. Ele ressaltou que a matança deles prejudicou a cultura, biodiversidade e identidade do continente, e instou todos os membros da União Africana a apoiarem essa decisão pelo bem de todos.

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