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Com o avanço das áreas urbanas, onças sofrem cada vez mais pela devastação dos habitats

1 de agosto de 2010
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Em uma manhã de segunda-feira, em setembro de 2009, Anhanguera parou o trânsito. A onça-parda, um macho, foi atropelada na altura do km 71 da rodovia de mesmo nome. Quebrou caninos, sofreu contusões e hoje é monitorada 24 horas por veterinários. Aguarda a chance de voltar à natureza. Sua história se assemelha à de Goiabeira, outra onça-parda. O felino foi encontrado no quintal de uma casa em Jundiaí (SP). Acuado por humanos, subiu em uma goiabeira e ali ficou até ser capturado pelo Corpo de Bombeiros.

O acelerado processo de urbanização de regiões do interior paulista, como Jundiaí, Vinhedo, Louveira e Campinas, está fazendo com que a aparição de onças em áreas urbanas se torne cada vez mais comum. Apenas nos últimos dois meses, três onças-pardas apareceram nessas regiões. E, no último fim de semana, também dois lobos-guarás.

Nos últimos três anos tem ocorrido uma média de três aparições de onças em áreas urbanizadas a cada dois meses, e nos meses de inverno, especialmente entre julho e setembro, esses encontros se tornam mais frequentes. Por conta de muitas queimadas, o deslocamento dos animais é maior.

Além das queimadas, a expansão dos condomínios residenciais – muitos com apelo ecológico – e dos canaviais está reduzindo o habitat dos animais. A Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, que compartilha com os municípios o licenciamento ambiental dos condomínios, minimiza o problema. “A maioria dos empreendimentos usa áreas degradadas, onde a paisagem já foi modificada, evitando ao máximo a supressão da vegetação”, diz Claudia Schaalmann, especialista em fauna da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais da secretaria.

Com informações do Estadão

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