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DESOLAÇÃO

Cobertos de cinzas em meio aos escombros: cães e gatos sofrem as consequências dos incêndios no Chile

6 de fevereiro de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: © Reuters

Em meio à devastação causada pelos incêndios florestais que assolam o Chile e resultaram na perda de mais de 120 vidas, cães e gatos perambulam entre os escombros cobertos de cinzas e marcados por queimaduras. Veterinários da Universidade Viña del Mar já trataram mais de 100 animais em uma situação que configura a maior emergência natural desde o terremoto de 2010, que impactou o sul do país, vitimando 525 pessoas e deixando milhares de feridos.

Christopher Romero, 22 anos, vivenciou o horror quando os incêndios atingiram sua casa na sexta-feira, enquanto fazia compras. Embora sua família tenha sido evacuada em segurança, seus cães, Black e Kiara, escaparam.

Ao retornar à residência no domingo para avaliar os danos e procurar os animais, foram informados por um vizinho sobre a presença de um cão da raça Akita em uma ravina, queimado e aparentemente imóvel.

“Fomos ver e era o Black. Ele não conseguia andar, estava com medo e em choque. Não deixava ninguém se aproximar dele”, relatou Christopher à agência Reuters.

A comunidade se mobilizou para auxiliar a família, transportando o cão Black para a Universidade Viña del Mar, onde veterinários têm prestado cuidados a animais feridos nos incêndios.

O diretor da instituição, Nicolas Escobar, destacou que, desde sexta-feira, a clínica atendeu mais de 100 cães, gatos e coelhos. Ele ressaltou que, embora já tenha enfrentado casos semelhantes em outros incêndios florestais, a magnitude dos recentes eventos no Chile representa uma “tragédia muito maior”.

Além do tratamento veterinário, a clínica está colaborando na identificação de animais perdidos por meio de redes sociais e digitalização de microchips. Embora alguns reencontros entre animais e seus tutores tenham sido possíveis, muitos permanecem desaparecidos, incluindo Kiara.

Os incêndios florestais são exacerbados pela onda de calor associada ao fenômeno climático El Niño, que afeta o sul da América Latina, colocando em risco também Argentina, Paraguai e Brasil nos próximos dias. Diante da situação, o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, ofereceu ajuda ao Chile na segunda-feira para combater os incêndios.

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