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Cientistas confirmam que cães braquicefálicos sofrem profundamente

27 de fevereiro de 2022
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Muitas raças de cães sofreram alterações genéticas por ação do ser humano, como os cães braquicefálicos, aqueles que possuem o focinho achatado como os pugs francês e italiano, shih-tzu e gatos como o birmanês e o persa.

A estrutura do corpo e a malformação do crânio são apenas alguns dos exemplos de como cruzamentos planejados podem interferir na vida desses animais.

Entretanto, apesar de lucrativa para os humanos, essas mudanças são prejudiciais aos cães. É o que explica o Dr. Luiz Donizete Campeiro Junior, médico-veterinário pós-graduado em ortopedia veterinária e Diretor-geral Hospital Veterinário Duovet em Ji-Paraná-RO em entrevista ao site Cães e Gatos.

“São raças que, na sua maioria, acabam não tendo uma boa qualidade de vida, apresentam grandes dificuldades respiratórias, principalmente após exercícios, podem apresentar problemas cardíacos e, consequentemente, a síndrome braquicefálica. Essa é uma junção de diversas alterações anatômicas das vias aéreas superiores em que causam a resistência ou a dificuldade da passagem de ar e que pode levar a óbito”, diz ele.

A iniciativa “Vets Against Brachycephalism” (Veterinários Contra Braquicefalismo, em português) se declara contra o ato de cruzar animais para se obter focinhos mais curtos, devido à variedade de doenças e deformidades causadas nesses animais.

“A doença gastrointestinal também é comum devido a pressões alteradas no tórax e no abdômen durante a respiração que podem causar refluxo ácido e até mesmo herniação do estômago para a cavidade torácica”, pontua a organização.

E completa: “Estudos recentes também sugerem um aumento alarmante de doenças cardíacas hereditárias e muitas vezes inoperáveis ​​em buldogues”, alerta.

Dra. Emma Milne, cirurgiã veterinária, autora e fundadora da iniciativa, luta há mais de 20 anos pelo fim desses procedimentos e por uma melhor qualidade de vida para esses animais.

“Decidi criar o site como uma carta aberta permanente, para que países pudessem o utilizar para mostrar como nos sentimos sobre isso e, esperançosamente, usar este show de sentimentos e opiniões de especialistas para promover mudanças positivas para o bem-estar animal em seus próprios países”, declara em entrevista ao site Cães e Gatos.

Leia um pouco mais sobre as consequências do achatamento do focinho de cachorros no site oficial do Vets Against Brachycephalism.

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