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Cavalo vítima de maus-tratos recebe prótese em Caxias do Sul (RS)

8 de julho de 2014
2 min. de leitura
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Foto: Jackson Cardoso / CRPO Serra / Divulgação / CP
Foto: Jackson Cardoso / CRPO Serra / Divulgação / CP

Em junho de 2013, a Brigada Militar (BM) e a Sociedade Amigos dos Animais (Soama) receberam denúncia de maus-tratos de um cavalo, que estava ferido e foi abandonado numa área de mato no bairro Parque Oasis em Caxias do Sul, na Serra. Nesta segunda-feira (07), faz pouco mais de um ano que o animal foi encontrado. Ele sobreviveu, foi adotado por um casal e ganhou uma prótese em uma das patas.

Assim que localizaram o animal, BM e ONG procuraram ajuda veterinária, porque o cavalo apresentava baixo peso, estava tomado de “bicheiras” e não conseguia nem levantar. O casal Vitor Boldrini e Adriana Castilhos Suzin, que passou pelo local, pediu para ficar com o animal e se comprometeu a providenciar o socorro necessário.

O cavalo ganhou o nome de Campeão e foi levado até a Cabanha Del Fuego, em Monte Bérico, onde passou a ser cuidado e medicado 24 horas por dia. Ele foi tratado pela bióloga Renata Onzi e pelo marido Mauricio Lazzari, que se uniram à causa e se revezavam para salvar o animal, com aplicação de soro, vacinas, curativos e até mesmo transfusão de sangue.

Apesar de toda a dedicação, uma ostemielite tomou conta de uma das patas e, um mês depois de encontrado, o animal passou por uma amputação. Inconformados com o destino do cavalo da raça crioula, com procedência registrada e nominado “Baião da Bandeira 198” de uma cabanha de Jaguarão, amigos do casal uniram força, fizeram rifa para angariar dinheiro e conseguiram colocar uma prótese no Campeão.

Passado pouco mais de um ano de sua localização, com gastos que se aproximam de R$ 15 mil, o equino recuperou o peso e caminha normalmente com ajuda da prótese, que já teve que ser trocada quatro vezes para se adaptar ao tamanho do cavalo, que ainda continua crescendo.

Este é primeiro caso de adaptação de pata mecânica que se tem registro de um equino no Rio Grande do Sul, e segundo caso no Brasil, o protético de prótese humana, fez o projeto em caráter experimental, comovido com a trajetória de amor, cuidado e sofrimento dispensado pelos amigos. “É importante a divulgação, para conseguirmos novas informações e experiências que possibilitem o desenvolvimento de recursos adequados para a melhor qualidade de vida do Campeão”, disse a bióloga Renata.

O homem suspeito do crime foi identificado e respondeu a um processo criminal, mas teve a pena convertida em multa.

Fonte: Correio do Povo

 

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