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Primeiro "cat café" dos Estados Unidos pretende ser centro de adoções

15 de junho de 2014
3 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: TreeHugger / via KitTea
Foto: TreeHugger / via KitTea

O primeiro cat café dos Estados Unidos deve abrir as suas portas em breve. Chamada KitTea, a loja será localizada em São Francisco e servirá bebidas e lanches ao lado de companhias felinas. As informações são do Tree Hugger.

Os cat cafés surgiram inicialmente na Ásia, mas estão se multiplicando ao redor do mundo. O primeiro estabelecimento do tipo em Londres, o Lady Dinah’s Cat Emporium, foi aberto recentemente e há rumores de que a criação de locais similares em Nova York e Montreal esteja em andamento.

Para a sua viabilização, o KitTea lançou uma campanha “crowd-funding”, sistema que a co-fundadora Courtney Hatt acredita permitir mais independência que a procura de investidores da forma tradicional. Ela também espera, dessa forma, tornar as pessoas mais empolgadas com o projeto. “A principal razão pela qual eu optei pelo ‘crowd-funding’ foi porque quis fazer uma pré venda e inicialmente semear uma demanda pelo KitTea”, disse ela, que também acrescentou o desejo de fazer do projeto “um esforço da comunidade”.

Diferentemente do Lady Dinah’s em Londres, que tem principalmente a função de lar permanente para gatos resgatados, o KitTea espera promover adoções, o que significa, segundo a reportagem, uma emocionante reviravolta: “muitos filhotes pelo local!”.

Gatos adultos tendem a tornar-se territoriais, e alguns sentem-se menos confortáveis ao lado de muitos outros gatos e pessoas estranhas. Por isso, o KitTea decidiu hospedar temporariamente grupos de filhotes. “Nós queremos que esse seja um lugar maravilhoso para humanos, mas realmente esse é um espaço para os gatos”, diz Hatt. “É um oásis de gatos. É um espaço onde eles podem se sentir seguros, confortáveis, e podem socializar”.

O KitTea está trabalhando com duas organizações de resgate de gatos, a Give Me Shelter e a Wonder Cat Rescue, e também recebe a consultoria de Daniel Quagliozzi, especialista em comportamento felino.

“Ao invés de estar em um abrigo, que é de onde estamos trazendo os nossos gatos, aqui eles estarão felizes e menos estressados”, afirma Hatt, que acredita que dessa forma a adoção será facilitada.

“Frequentemente, quando você vê um gato em um abrigo, ele está estressado e pode comportar-se de modo arisco ou agressivo por estar assustado, quando na verdade essa pode não ser a sua verdadeira natureza”, explicou a empresária.

Foto: TreeHugger / via KitTea
Foto: TreeHugger / via KitTea

“Eu amo todos os animais”, diz ela. “Penso que seja algo que eu tento esclarecer. Não gosto apenas de gatos”, relata Hatt, que atualmente é tutora de três gatos.

AIém do seu amor pelos animais, Hatt teve uma experiência com empresas “startup” em São Francisco e com a cultura das cafeterias, tendo trabalhado nesse segmento nos últimos cinco anos. A sua expectativa é que o KitTea seja um local onde as pessoas com um interesse em comum possam se encontrar, diferente do cenário usual dos outros cafés onde as pessoas ficam confortavelmente instaladas atrás de suas telas de computadores. “No KitTea, os clientes terão algo em comum sobre o qual falar”, diz ela.

No entanto, vale ressaltar que os cat cafés são controversos e podem ser vistos, em sua maioria, como locais de exploração dos animais. Se, por um lado, eles oferecem às pessoas que não têm tempo ou recursos para tutelar gatos experienciar os benefícios do contato com os animais, por outro lado a prática de cobrar por esse contato como ocorre em muitos cat cafés é totalmente passível de crítica e deve ser repudiada.

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