A ONG Amado Vira-Lata, que se iniciou como um projeto há quatro anos, já transformou a vida de mais de 2.500 animas, incluindo a do especial e querido Marmaduque. Ele foi encontrado em março de 2021 no terminal Leste da cidade de Franscisco Morato, em São Paulo. A presidente da ONG, Silvana Cristina Trani lembra que o cachorrinho já tinha perdido a esperança de viver quando foi encontrado. “Ele estava estendido no chão, entregue à própria sorte, passavam por ele como se fosse nada alguns chegavam a chutá-lo para que ele saísse do meio do caminho”, lamenta.
Ela recorda que o caso de Marmaduque era grave. “Sem forças para levantar, permanecia ali deitado, parado, esperando. Havia sinais claros de ele ter recebido uma pancada nas costas, parecia uma paulada. Após os exames clínicos, constatou-se cinomose e babésia. Além disso, ele estava com uma bicheira numa das patas, parou de andar totalmente, não conseguia nem levantar a cabeça. A sugestão inicial foi a morte induzida devido ao quadro gravíssimo em que se encontrava. Mas, ele comia e seu olhar pedia socorro. Acreditamos na vida, no amor. Mesmo sem condições financeiras nenhuma, resolvemos buscar parceiros e ajuda. Agora, ele anda com as duas patas dianteiras, tem cadeira de rodas, brinca e tem brilho nos olhos”, afirma, feliz.
Apesar de ter reencontrado motivos para continuar vivo e de poder desfrutar uma vida plena, o cachorrinha ainda enfrenta uma rotina cheia de cuidados. “Devido seu quadro delicado, sua recuperação está sendo bem difícil. Foram vários tratamentos contra babesiose, cinomose, bicheiras (miíases) e trauma na coluna. A maior dificuldade é a paralisia das patas traseiras. Isso exige uma manipulação diária por nossa parte, pois seus movimentos são limitados”, explica.
A expectativa de Silvana e de toda a equipe da Amado Vira-Lata é que ele seja adotado e tenha uma família que o ame profundamente. A presidente da organização espera que mesmo que ele não tenha uma recuperação completa, tenha qualidade de vida “suficiente para ter uma vida de cachorro, brincar, se lamber e encontrar um lar que possa chamar de seu, com pessoas que o amem tanto ou mais que a gente”, acredita Silvana, que deseja a felicidade do cãozinho especial.
Hoje, Marmaduque segue uma rotina rígida de cuidados e tem muitos aliados. “Ele faz fisioterapia duas vezes por semana, acupuntura e aplicação de células-tronco uma vez por mês. Faz uso de cadeirinha para locomoção. Está tomando gabapentina para dores e suplemento vitamínico. Gostaríamos de agradecer a todos que nos acompanham nas redes sociais, que acreditam na vida e no amor e principalmente ao Dr. Eduardo Lobo do Instituto Equlibrium, Prof. Dr. Jean G. Joaquim, que faz a aplicação de células-tronco, Dr. Jorge da clinica Home Cão e a todos os profissionais veterinários que fizeram a diferença no tratamento dele e que, de alguma forma, nos ajudam e nos incentivam a continuar”, afirma.
O cachorrinho está disponível para adoção e será um grande prazer para a equipe da Amado Vira-Lata realizar a triagem de uma família mais do que especial para adotá-lo. “Marmaduque é dócil, dengoso e muito cativante. É o tipo de animal que não tem tempo ruim. Ele está em busca de um lar amoroso. O quadro dele é estável. Claro que requer alguns cuidados e continuidade nos tratamentos. Quem tiver interresse é só entrar em contato com a ONG”, finaliza Silvana.
Quem quiser se candidatar a adotar o cachorrinho, entre em contato com a Amado Vira-Lata pelo Instagram (@amadoviralata).
