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Cão que atacou o próprio tutor no MS era vítima de maus-tratos

18 de junho de 2010
2 min. de leitura
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(da Redação)

Peritos que estiveram na casa onde o comerciante Fernando Jorge Paes, 44 anos, foi morto pelo próprio cachorro, no bairro Taquarussu, em Campo Grande (MS) concluem que o animal estava sem alimentação e com fome, porque comeu partes do corpo. A veterinária Maria Lúcia Metelo, coordenadora do Abrigo dos Bichos, disse que provavelmente o animal estava faminto. “Animal alimentado não faria isso; por mais que atacasse, não comeria”.

O empresário tinha histórico policial por participar de rinhas de galo, em julho de 2008. Com base nessa informação, a Polícia Civil investiga se o cachorro sofria maus-tratos, o que poderia explicar a violência do ataque.

O delegado da Depac (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento Comunitário), Fernando Lopes Nogueira, afirma que no local foram encontrados medicamentos veterinários junto do corpo de Fernando.

Um morador vizinho ao comerciante Fernando Jorge Paes, 44 anos, morto pelo próprio cão, dentro de casa, conta que Fernando costumava submeter o animal a condições de maus-tratos para que o cão ficasse feroz e cuidasse da casa.

pitbull foi capturado por bombeiros
Foto: Reprodução/Portal MS

O empresário Luiz Eduardo Muniz, de 22 anos, que mora próximo à casa de Fernando, no Taquarussu, MS, diz que uma vez ele comentou que dava leite com pimenta para o pit bull e que também costumava amarrar o cachorro para que ele “ficasse bravo e cuidasse da casa”, constantemente invadida por ladrões de fios de cobre.

De acordo com o cunhado da vítima, João Bosco de Souza, o pit bull não era um cão violento. Bosco recorda que, quando ele chegava na casa de Fernando, o cachorro já sabia que ele era uma pessoa amiga.

Os bombeiros tiveram dificuldades para conter o cachorro, que estava muito agitado. O pit bull, mais uma provável vítima, foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses local e ficará em observação.


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