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Campus da UFAM abriga animais raros como gavião e sauim-de-coleira

16 de junho de 2014
2 min. de leitura
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Preguiça é outro animal raro nos centros urbanos e que pode ser encontrado nas matas da universidade (Kydroges Roges/Ufam)
Preguiça é outro animal raro nos centros urbanos e que pode ser encontrado nas matas da universidade (Kydroges Roges/Ufam)

A área do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é não só a sede da mais antiga universidade brasileira, mas os seus 700 hectares são berço e morada de centenas de espécies de animais que vão dos pássaros mais nobres, como o Gavião, o raro e ameaçado de extinção Sauim-de-Coleira até o Tamanduá-Bandeira, além de preguiças, jacarés e outros répteis. Na semana do lançamento da Política de Gestão Ambiental da Ufam, pesquisadores e professores destacaram a importância da preservação deste, que é o maior fragmento florestal da Região Norte e o segundo do país.

Para o professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Marcelo Gordo, a implementação de ações como essa já vêm com um certo atraso e devem implementar não só medidas visando a educação, mas também a coerção como a instalação de redutores de velocidade.

O campus é uma área conectada a outras como a do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e dos conjuntos Aquariquara e Eliza Miranda, com grande variedade de árvores. “Existem muitas espécies de pássaros que vivem lá e outras que apenas passam”, explicou ele, que é especialista em Sauim-de-Coleira.

“Eu estudei essa espécie de macaco no Campus, onde vê-se com frequência, mas na hora da contagem, eles não passam de 140 indivíduos, que estão ficando cada vez mais reduzidos porque muitos morrem atropelados”, afirmou Marcelo, para quem o programa ambiental anunciado pode e deve trazer medidas para amenizar esse problema, como a colocação de redutores de velocidade nas estradas e a recuperação de áreas degradadas.

Privilégio

A área da Ufam é o maior fragmento florestal da Região Norte e o segundo do país, pois tem o privilégio de estar conectado a outros como o do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e dos conjuntos residenciais Eliza Miranda e Acariquara. Outro dado importante é que é a única Área de Proteção Ambiental (APA) que tem vários institutos de pesquisa, o que significa oportunidade de pesquisas direcionadas.

Ao chamar a atenção para a diversidade da fauna presente no campus, como mamíferos, anfíbios e aves, o biólogo defende providências mais efetivas buscando evitar a entrada de pessoas para caçar animais ou coletar madeira e frutos, estes alimento dos animais. Ao finalizar, Marcelo adverte que, apesar de estarem numa área de refúgio, esses animais são os que sobraram e as ameaças continuam, por isso é necessário implementar as políticas educativas e coercitivas o mais rápido possível.

Fonte: A Crítica

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