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Cães sofrem de cegueira, surdez e problemas cardíacos em fábricas de filhotes

16 de fevereiro de 2018
2 min. de leitura
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As imagens que mostram cães girando em círculos freneticamente e confinados em gaiolas imundas e estreitas foram capturadas quando as testemunhas oculares da PETA visitaram fábricas de filhotes em todo o país.

Foto: PETA

Eles encontraram animais vivendo em condições miseráveis em todos os locais, sendo que “os cães colocavam seus narizes nos arames da gaiola tentando escapar do mau odor dos próprios dejetos”.

Em uma fazenda na província de Guandong, um investigador conheceu Nutmeg, um cachorro com displasia grave que só conseguia se mover arrastando as patas traseiras. Em Xangai, um ativista ouviu latidos de cães em uma sala tão escura que não era possível enxergar nada ali dentro.

Um funcionário confirmou que era o local onde as mães e os metais eram mantidos.

A PETA declarou: “A criação de traços específicos, assim como a consanguinidade – ambas práticas comuns em fábricas de filhotes – prejudicam a saúde dos cães. Cães de raça pura como Nutmeg frequentemente sofrem de defeitos genéticos agonizantes e risco de morte, incluindo cegueira, surdez, problemas cardíacos, problemas de pele e epilepsia. Muitos buldogues, pekingese e outros cães de face plana mal conseguem respirar e muito menos andar ou ir atrás de uma bola, sem ofegar devido às suas vias respiratórias naturalmente curtas. Os cães criados para terem colunas vertebrais longas e não naturais podem sofrer de doença do disco invertebral e graves problemas nas costas”.

Foto: PETA

A organização pediu que os amantes de animais adotem cães resgatados ao invés de comprá-los desses locais e acrescentou: “As fábricas de filhotes são instalações infernais de criação em massa nas quais as cadelas são tratadas como máquinas produtoras de cãezinhos e nunca recebem amor, atenção ou mesmo a chance de rolar na grama. A última investigação da PETA descobriu que, como no resto do mundo, cães adultos e filhotes [que vivem] nas fábricas da China são presos em gaiolas imundas que são um pouco maiores do que seus próprios corpos, gerando um grande sofrimento aos animais”.

Segundo a organização, aproximadamente 700 mil cães nascem anualmente no Reino Unido e até um terço deles é proveniente desses estabelecimentos, revelou o Express.

“Neste Ano do Cão, a PETA pede que todos se recordem dos gritos dos cães aprisionados e prometam nunca comprar um animal de uma loja de animais ou de um criador”, observou a diretora do grupo, Elisa Allen.

O governo do Reino Unido anunciou que deve proibir as vendas de cães em lojas de animais como parte de suas reformas de bem-estar animal. O secretário do Meio Ambiente, Michael Gove, destacou: “Precisamos fazer tudo o que pudermos para assegurar que os animais domésticos muito amados da nação tenham o início certo na vida”.

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