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Cães fujões: conheça duas histórias de tutoras que reencontraram seus companheiros

28 de agosto de 2010
3 min. de leitura
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Bele voltou para os braços de Helceny um ano e meio depois de ter sumido

Só quem já perdeu um bichinho de estimação sabe o que é a agonia e a sensação de impotência diante da situação. Animais fujões, muitas vezes, pregam peças em seus tutores, que fazem de tudo para reencontrá-los. Foi o que aconteceu com Helceny Fonseca. A angústia da professora durou exatamente um ano e meio, tempo em que Bele ficou longe de casa. Quase milagrosamente, a simpática poodle encontrou o caminho do lar quando Helceny já tinha perdido a esperança de encontrar sua companheira.

Helceny conta que havia deixado Bele na casa do irmão porque ia receber amigos para um churrasco e achou mais seguro deixá-la em um lugar protegido. “Quando meu irmão disse que ela havia sumido, foi um desespero. Fizemos de tudo, colocamos cartazes em padarias, bares, pontos de ônibus, fomos em todos os pet shops da região, postamos anúncio na internet, contratamos carro de som, fizemos muitas caminhadas e nada. Eu saía com o meu carro na esperança de que ela pudesse ouvir o barulho do motor e reconhecê-lo, tudo em vão”, relembra.

Isso aconteceu em outubro de 2008. Em fevereiro de 2010, a cachorrinha apareceu em frente ao portão da casa da professora. “Eu não a reconheci, ela estava superpeluda e eu sempre deixei meus cachorros com o pelo bem tosadinho”, lembra. “Quando vi a cadelinha pulando em cima de mim e correndo pela casa inteira, achei que pudesse ser de algum vizinho e que ela estava apenas passeando, querendo brincar com as outras cachorrinhas da minha casa.” Foi o filho de Helceny quem a alertou. “Ele disse: mãe, só pode ser a Bele.”

Até hoje ela se indaga: como ela conseguiu voltar para casa? “O endereço que eu botei nos anúncios era da casa do meu irmão, porque ela fugiu da lá. São 15km de distância. Eu imagino que ela tenha sido cuidada por alguma família, mas, para minha alegria, encontrou o caminho de casa.” Bele voltou para casa grávida e teve três filhotes, que hoje fazem companhia a familiares de Helceny.

Nala ajudou Érika a procurar sua companheira inseparável, Lilica


Fujonas incorrigíveis

Quando Lilica, um labrador fêmea de quatro anos, fugiu, a fotógrafa Érika Muniz estava viajando. Ela conta que as suas duas cadelas, Nala, uma mistura de pastor com rottweiler, e Lilica, viviam fugindo. “Era comum, todos os vizinhos já reconheciam e as entregavam aqui em casa. As duas cavavam no quintal e sempre davam um jeito de escapar. A Lilica, que é mais sapeca, ainda por cima sempre perdia a identificação. Nós já botamos umas cinco plaquinhas nela,” conta.

A fotógrafa fez de tudo para encontrá-la. “Colocamos cartazes e anúncios em todos os lugares possíveis. Eu saía para caminhar com a Nala e falava: ‘Nala, procura a Lilica!’ E ela começava a chorar também. As duas são como irmãs.” Érika e Nala bateram de porta em porta, até que, três semanas depois, ligaram avisando que ela foi encontrada. “Cinco dias depois disso, as duas escapuliram de novo, aí decidimos colocar folha de zinco em todo o quintal, agora elas não fogem mais.”

Não os perca de vista

– Sempre que for passear com o animal, coloque guia e coleira. Às vezes, os bichos se assustam com barulhos, saem correndo e podem se perder.

– Mantenha a plaquinha de identificação do seu animal atualizada, com telefone e endereço.

– Caso ele fuja, é importante fazer cartazes e faixas, além de conversar com vizinhos e comerciantes da região. Muitas vezes, eles podem ajudar.

– Procure em lugares distantes, o animal tem capacidade de andar muito. Às vezes, eles são encontrados em lugares inesperados.

Fonte: Correio Braziliense

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