EnglishEspañolPortuguês

FIDELIDADE

Cães entram em ambulância do Samu e ficam madrugada em frente a UPA para acompanhar tutor

5 de novembro de 2021
Carolina Rocha | Redação ANDA
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Reprodução | G1

Dois cachorros de um catador de recicláveis o acompanharam na ambulância após ele sofrer convulsões em Bauru (SP), no último dia 1. José Antônio Pereira, de 47 anos, só conseguiu ser levado para unidade de saúde pelas socorristas após elas deixarem os cães, que se recusavam a sair do lado do tutor, permanecerem com ele.

“As socorristas me chamaram no nosso grupo interno, mandaram a foto dos cães dentro da viatura, e disseram que, ‘se alguém reclamasse’, elas não tiveram outra alternativa a não ser transportar os animais junto ao paciente. Elas justificaram ainda que, se não fosse assim, os cães poderiam correr atrás da ambulância e serem atropelados”, explicou a enfermeira-chefe do Samu, Patrícia Iolanda Antunes, ao G1. A decisão foi aprovada pelo médico-regulador.

Segundo a enfermeira-chefe em Bauru, quando a motorista Josyane Plana e a técnica de enfermagem Maria de Lourdes Pereira chegaram no local, os cães avançavam em quem tentasse se aproximar do homem, o qual estava caído no chão e um pouco confuso.

O catador informou a equipe de socorro o nome de seus cães – Bob e Chiara – e elas conseguiram acalmar os animais. José Antônio foi colocado na maca, no entanto, Bob e Chiara permaneceram ao lado do tutor quando ele entrou na viatura.

O catador foi levado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do bairro Mary Dota, onde passou a noite em observação. Os cachorros passaram a madrugada esperando seu dono na porta da sala de emergência do local.

Na manhã de terça-feira (2), José Antônio foi liberado e conseguiu voltar para casa com seus companheiros.

“Trabalhamos no limite entre a vida a e morte, temos de ser técnicos, mas não podemos deixar de sermos humanos. Acredito que o fato de termos duas mulheres nessa equipe foi fundamental nesse episódio que reforça o processo de humanização que a gente busca. Nós mulheres somos mais sensíveis”, finaliza Patrícia Iolanda ao G1.

Você viu?

Ir para o topo