Oito cachorros foram encontrados mortos na cidade de Teixeira de Freiras, no estado da Bahia, no último sábado (21). Os corpos dos animais estavam no bairro Residencial Castelinho II e a vizinhança suspeita de envenenamento.
Três cães apareceram mortos na rua D e o restante no entorno dessa localidade. Expostos na via pública, os corpos foram consumidos por urubus que, após se alimentarem dos cães, também morreram – o que reforça a suspeita de envenenamento.
As mortes de cães na região aconteceram pela primeira vez, segundo moradores que relataram também que os cachorros mortos viviam em situação de rua.
Dentre as vítimas, está uma cadela que era acompanhada por uma ONG de proteção animal. Ela recebeu cuidados da entidade em outubro, após ter filhotes e ser maltratada. Os filhotes foram doados, mas a cadela teve que retornar, após ser castrada, para o local onde vivia por não ter encontrado um lar e não haver estrutura na associação para mantê-la abrigada. Apesar disso, ela seguia sob monitoramento dos voluntários.
Lei Sansão
Sancionada no final de 2020, uma nova lei de proteção animal aumentou a pena para crimes cometidos contra cachorros e gatos no Brasil. Antes, esses crimes eram punidos com, no máximo, um ano de detenção, pena que era convertida em alternativas como a prestação de serviços à comunidade.
A legislação recebeu o nome de “Lei Sansão” em homenagem ao pit bull Sansão, que foi brutalmente torturado em Minas Gerais, tendo as duas patas traseiras decepadas. Paraplégico, ele não apenas se recuperou e provou o quão forte é capaz de ser, como serviu de incentivo para a aprovação da lei.
Com o aumento da pena, os criminosos que submeterem cachorros e gatos a maus-tratos poderão ser presos por um período de dois a cinco anos. Eles também poderão ser punidos com multa e com a proibição de tutelar outros animais.
A medida, no entanto, não protege os animais de outras espécies, excluindo a fauna silvestre e animais que são explorados pela sociedade, como galos, porcos, bois e galinhas.