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EMOÇÃO

Cadela que se perdeu do tutor em meio a bombardeio em Bucha, na Ucrânia, chora ao reencontrá-lo

7 de abril de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Batalhão Kastus Kalinouskiv

A cadelinha Nessy foi encontrada sozinha, aterrorizada, abrigada em um carro na cidade ucraniana de Bucha, após um bombardeio, considerado um massacre, que destruiu toda a região e matou cerca de 300 pessoas. A cachorra da raça husky foi salva pelo Batalhão Kastus Kalinouskiv, um grupo de soldados bielorrussos voluntários na Ucrânia. No início, a principal suspeita era que o tutor da cachorrinha, infelizmente, estivesse morto, mas após uma grande mobilização e troca de informações, os militares conseguiram localizá-lo e promover o reencontro.

Assim que Nessy foi levada para onde estava o seu tutor, ela pulou dos braços dos militares e correu, chorando, latindo e em completa agitação para abraçá-lo. A cadela estava muito emocionada e feliz. As imagens do reencontro foram divulgados pelo Kastus Kalinouskiv. “Durante a libertação de Bucha, encontramos Nessy, mas graças aos nossos amigos encontramos seus tutores e hoje ela está na companhia deles. Enquanto alguns tratam as pessoas como ‘animais’, estamos lutando pela vida não apenas dos humanos, mas de todos os animais”, disse a legenda.

Lealdade

Um cãozinho sem raça definida se aconchegou tristemente ao lado do corpo do seu tutor, morto por soldados russos na região de Kiev. O cadáver do homem foi deixado em uma calçada e o cachorro deitou ao lado dele, se recusando a partir. A imagem foi registrada por civis ucranianos que a postaram nas redes sociais. A UAnimals compartilhou a foto e reforçou o terror que a guerra está impondo a animais e seres humanos e que, apesar do medo e da tristeza, o cachorrinho foi fiel ao seu tutor até o último instante.

Foto: Reprodução | Facebook | @uanimals.official

Questionada sobre o resgate e destino do cachorrinho, a UAnimals aponta que o animal não foi mais localizado após a remoção do corpo do homem e não há nenhuma confirmação se ele foi salvo ou se familiares do tutor o buscaram. “Uma imagem de partir o coração. Espero que alguém possa levar esse pobre cachorro para casa para, além de alimentá-lo, amá-lo. Ele precisa de amparo e carinho para superar essa perda tão traumática e difícil”, disse um internauta comovido.

Outro episódio de fidelidade

Um homem que tentava deixar a Ucrânia junto com seus dois cãezinhos teve o seu carro fuzilado. Ele e um dos animais morreu com os tiros. O cachorro que sobreviveu, um pastor alemão, se aconchegou ao cadáver do tutor, sem saber o que fazer ou para onde ir. As imagens foram compartilhados pelo exército ucraniano, que afirma que o homem e o cão foram atacados pelos russos de forma cruel e covarde.

Não há informações sobre o pastor alemão que sobreviveu. O ataque ocorreu próximo a Kiev. Internautas afirmam que os russos mataram diversos cães que tentavam proteger seus tutores ou só estavam latindo com medo das explosões. Não há, ainda, registros gravados desses assassinatos, mas o exército ucraniano disse que todos os crimes de guerra, contra animais e seres humanos, serão documentados.

Foto: Reprodução | NYPost

Esse caso profundamente triste ocorre ao mesmo tempo que milhares de ucranianos ainda tentam deixar o país com seus animais domésticos e ativistas e ONGs se esforçam para acolher cães e gatos que foram abandonados pelos tutores. Estações de trem, metrô e ônibus estão lotadas de pessoas com suas bagagens e animais em caixas de transporte ou no colo.

Além dos animais deixados para trás, há ainda os cães e gatos tutelados por cidadões ucraniados que foram convocados para lutar na guerra. Um homem que não teve a identidade divulgada afirma que seu vizinho deixou a cadelinha sob sua guarda, mas morreu no front. A cachorra, chamada Alyssa, ainda espera ansiosamente que o seu tutor retorne para casa.

Mais de 2.000 ucranianos morreram nos primeiros sete dias de confronto. Ainda não há dados oficiais sobre quantos animais foram abandonados, mas ONGs e abrigos enfrentam superlotação e falta de suprimentos. Até o momento,Índia, República Tcheca, Lituânia, Polônia, Romênia, Hungria e Eslováquia abriaram suas fronteiras para refugiados acompanhados de animais domésticos.

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