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COVARDIA

Cachorro é salvo após ser agredido com facão em Paraguaçu (MG)

“Atitude desumana” disse a tutora do cãozinho, chamado Bradoke, agredido por vizinho na zona rural do município mineiro. De acordo com laudo médico veterinário, o animal perdeu muito sangue e teve um ferimento com cerca de 10 cm próximo ao focinho

19 de janeiro de 2022
Felipe Cunha | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Portal G1 Minas | ‘Atitude desumana’, diz tutora de cachorro que foi agredido com facão na zona rural de Paraguaçu, MG | Foto Arquivo pessoal

Um cachorro foi agredido covardemente com um facão pelo vizinho dos tutores na zona rural de Paraguaçu (MG). Segundo a tutora do animal, o rapaz era amigo da família. O caso está sendo investigado depois de um boletim de ocorrência registrado no dia 12 de janeiro pela família do animal. O suspeito continua solto e a polícia civil informou que o inquérito foi aberto.

Em entrevista para o portal G1 minas, Mariana Batista, tutora do animal relatou que o crime aconteceu no domingo, dia 9 de janeiro, por volta das 18h30.

“Meu marido e sogro estavam na estrada. O rapaz passou de moto com o cachorro dele perto, o Bradoke se aproximou, mas não latiu, não rosnou. Ele simplesmente pegou um facão e agrediu o cãozinho”, relatou ao portal.

A tutora do cãozinho relatou ainda que o vizinho não aparentava estar sob efeito de álcool ou drogas.

Logo após a cena de maus-tratos, o animal foi levado ao veterinário pela família e os custos com medicamentos ficaram em torno de 750 reais.

De acordo com laudo médico veterinário, o animal perdeu muito sangue e teve um ferimento com cerca de 10 cm próximo ao focinho.

“Eu fiquei em prantos, sou muito apegada a ele. Estou grávida, fiquei tão nervosa que fui parar no hospital. Logo nós levamos a receita para o rapaz. Ele apenas riu da situação e ignorou o pedido”, contou Mariana em reportagem telefônica ao G1.

Mariana usou da internet e as redes sociais pedindo ajuda aos amigos e familiares para tratamento de seu animal.

Portal G1 | Facebook Mariana Batista

 

Portal G1 | Facebook Mariana Batista

“Não temos o valor para arcar com todos os gastos. Os policiais nos orientaram que procurássemos um advogado para contestar sobre as despesas. Mas, infelizmente, não temos condições financeiras. Ficamos muito tristes, o Bradoke é muito tranquilo e dócil. Nós ganhamos ele de um policial que estava com dois cãezinhos e por ele ser muito manso, doou pra gente”, complementa.

Lei prevê pena de reclusão por maus-tratos animais

Atualmente foi sancionada uma lei em setembro de 2020 que estabelece pena de reclusão para àqueles que praticarem atos abusivos, violentos ou de maus-tratos contra cães e gatos. O texto prevê também multa e proibição da guarda.

A pena de reclusão para quem praticar crimes como abuso, ferimento ou mutilação aos animais domésticos vai de dois a cinco anos, podendo aumentar em casos em que o animal venha a óbito.

Casos em Minas Gerais

Depois que essa lei entrou em vigor no país, casos de violência contra os animais já foram registrados no Sul de Minas. Em fevereiro do ano passado, em Careaçu (MG), um homem de 58 anos foi preso por suspeita de maus-tratos. Os policiais encontraram 10 gatos em estado insalubre, em um ambiente sujo, além de terem encontrado um animal já em decomposição. Segundo a Polícia Civil, o suspeito justificou a violência e descaso em cima de falta de tempo para cuidar dos animais.

Outro caso de maus-tratos que resultou em pena de reclusão foi na cidade de Pouso Alegre, também em Minas Gerais. Um homem foi preso após espancamento de uma cachorrinha de sete meses, que, infelizmente, veio a óbito dentro de um condomínio.

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