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Cachorra fica presa entre duas paredes durante a queima de fogos de Ano Novo

3 de janeiro de 2022
Vanessa Santos | Redação ANDA
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Instagram

O Corpo de Bombeiros de Goiás resgatou nesse final de semana uma cadela que ficou presa entre duas paredes após tentar fugir dos fogos de artifício durante a virada de 2021 para 2022. O caso aconteceu na cidade de Goianira, a 22 km da capital Goiânia.

A equipe de resgate informou que o animal ficou assustado por causa dos fogos de artifício e tentou fugir do barulho, se escondendo entre a parede de uma residência e o muro de uma igreja, onde acabou ficando preso.

Para liberar a cachorrinha, foi preciso quebrar a parede da residência. O animal foi entregue a sua tutora, aparentemente, sem nenhuma lesão física, porém a cadela ficou marcada psicologicamente pela situação desesperadora.

Foto: Reprodução | Instagram

Desassossego

Em entrevista para o portal Povo, Hugo Fernandes, biólogo e professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), aponta que existem três tipos de impacto dos fogos barulhentos nos animais.

O primeiro é o impacto direto, que acontece quando um barulho muito forte causa a morte do animal. “Um barulho muito forte causa uma miopatia de estresse em algumas espécies de aves e podem levá-las a óbito imediatamente”, explica o professor. O mesmo também pode acometer mamíferos e outros grupos animais.

O segundo é o impacto indireto, que provoca danos que não levam a óbito, mas que podem causar prejuízos no sistema auditivo e no comportamento. “Essas espécies acabam mudando de forma irreversível e isso causa problemas ambientais em cadeia”, diz Hugo.

Para ele, o terceiro é o impacto em larga escala, que decorre quando se tem impactos diretos e indiretos somados a outros impactos que o meio ambiente apresenta à fauna. “Quando você tem esse problema aliado aos demais, você tem um cenário muito complicado de se reverter”, conclui.

A soltura dos fogos barulhentos já é proibida em algumas cidades e estados brasileiros, porém, durante as festas de fim de ano, foram constatados diversos locais em que as pessoas usaram esses artefatos. Para Hugo, é muito importante que a população considere não realizar essa prática.

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