Duas onças-pintadas estão na alça de mira de caçadores no Pará. Matar onça, ou qualquer outro animal silvestre é crime ambiental previsto no artigo 29 da lei 9.605/1998.
A lei é clara ao afirma que matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécies da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida o indivíduo está sujeito a prisão de seis meses a um ano, e multa.
Dito isto, o DOL Carajás apurou que os caçadores arquitetam matar duas onças-pintadas na região do Geladinho, no Núcleo São Félix, em Marabá, numa área de mata do sítio The Five Brotheres, sendo que o proprietário do imóvel não concorda e não recomenda a invasão da propriedade.
Após tomar conhecimento das intenções destes caçadores, que, aliás, entraram no imóvel para caçadas, sem autorização do proprietário, e cometendo crime ambiental, o proprietário recomendou que o caso fosse denunciado aos órgãos competentes e que providências sejam tomadas no sentido de resgatar os animais e remanejá-los para área segura.
As duas onças-pintadas já foram vistas e ouvidas por moradores daquela região, tanto durante o dia, quanto à noite. Por estarem numa área de mata relativamente fechada e com alimentos, as onças não causaram nenhum problema a fazendeiros.
Entretanto, se seguir o ritmo de caçadas naquela região, os alimentos das onças, que são outros animais, quando extintos, invariavelmente os felinos buscam outras fontes de alimentação e costumam atacar animais domésticos.
Portanto, toda essa situação foi repassada às autoridades locais a fim de que seja montada uma grande operação de captura e remoção dessas duas onças para área mais segura e investigação sobre a caça
E para quem não se lembra, um homem foi preso em flagrante, em outubro do ano passado, por matar uma onça dentro da reserva indígena Arariboia, no município de Arame, Maranhão.
A Polícia Civil chegou até ele depois que o próprio suspeito divulgou um vídeo em que exibia o cadáver do animal e se vangloriava do assassinato. Ele responde processo por crime ambiental.
Fonte: Dol
