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Brasil pede justiça para os animais

20 de janeiro de 2012
7 min. de leitura
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(da Redação)

Imagem: Reprodução/Internet

A divulgação de casos de crueldades cometidas contra animais tem comovido e indignado todo o país. A sociedade tem acompanhado a triste realidade de animais domésticos, domesticados, silvestres e exóticos que são mortos, espancados, brutalizados, sofrendo violências de todos os tipos sem que os criminosos sejam presos ou penalizados com rigor, porque não há amparo legal para que se faça verdadeiramente justiça.
As leis no Brasil são brandas para perigosos assassinos e pessoas cruéis porque parte do pressuposto que uma atrocidade contra um animal é um crime de menor poder ofensivo. Um entendimento absolutamente equivocado e que vai de encontro ao entendimento da Justiça de outros países e ao anseio da sociedade brasileira, que está clamando por mudanças na lei.
Este é um erro que precisa ser corrigido. Não se julga um crime a partir da vítima. Uma barbaridade cometida contra um cão, um mendigo, uma pessoa rica deve ser penalizada da mesma maneira. O que se deve punir é a violência em si e ela não é menor porque é cometida contra determinados seres. Julgar desta forma é estimular a crueldade contra os mais fracos. O abuso contra animais é um crime com consequências graves para todos.
Já está mais do que provado por pesquisas que a violência ao animal é sintoma de uma mente doentia. Já na década de 70, o resultado do levantamento da vida de serial killers feita pelo FBI, a polícia federal norte-americana, comprovava a relação entre crueldade contra animais e crueldade contra pessoas. Quase todos os assassinos em série começaram matando animais (veja uma pequena lista de casos abaixo).
Essa compreensão é a base do julgamento de crimes contra animais nos Estados Unidos. Apenas para citar um caso recente publicado pela ANDA, um homem que violentou um cão que sobreviveu, foi sentenciado a 10 anos de prisão em regime fechado no EUA. Além da pena de prisão, ele foi inscrito, pelo resto da vida, no registro de delinquentes sexuais. Uma sentença exemplar que deve ser aplicada também no Brasil.
Os animais têm direitos que precisam ser reconhecidos e respeitados. Este é o clamor de boa parte dos brasileiros e a legislação precisa atender. A lei deve obrigatoriamente acompanhar os avanços morais, tecnológicos, econômicos, culturais, de qualquer outra ordem, da sociedade.

Mobilização nacional

De Norte a Sul do país, milhares de pessoas, num movimento lindo e histórico, estão mobilizadas em mais de 170 cidades e capitais para exigir que autoridades, legisladores, mudem as leis. Chega de impunidade, chega de tanto sofrimento e dor diante de injustiças. A legislação brasileira no que concerne aos crimes cometidos contra animais precisa mudar imediatamente.
A ANDA convoca todas as pessoas de bem, todos que estão se sentindo indignados com a violência aos animais para que compareçam neste domingo (22) em suas cidades à manifestação simultânea por justiça e pelo fim da crueldade aos animais. A paz só existe quando é vivida entre todos.
A ANDA vem divulgando e denunciando há três anos casos de violência contra animais, seria impossível listar todos aqui, relembre apenas alguns recentes:
Gato é enterrado vivo em  lata cheia de piche.
Lobo, um rotweiller que foi arrastado pelo carro de seu próprio tutor e morreu depis de sofrer bastante.
Uma égua vítima da exploração morreu de cansaço, em plena rua em SP
Jade, uma rotweiller grávida, que foi trancada dentro do carro e queimada viva com gasolina pelo filho do tutor. Ela teve 80% do corpo queimado, ficou internada por semanas e agora está em recuperação.
Um pobre cão assustado com os fogos na virada do ano, se escondeu embaixo de um carro e foi covardemente atacado com golpes de facas, teve o pulmão perfurado, mandíbula e morreu na clínica.
O cão Titã foi enterrado vivo por seu “tutor” quando tinha apenas 4 meses. Ele sobreviveu, ficou internado semanas, fez transfusão de sangue e perdeu uma visão.
Dois cães de 16 anos foram jogados do 5º andar por sua tutora que teve um “surto”.
Lana, a yorkshire brutalmente espancada até a morte por sua tutora que justificou a atrocidade por estar “nervosa” aquele dia.
Dalva, provavelmente a maior assassina de animais do mundo, matou em oito anos mais de 30 mil cães e gatos em sua casa na Vila Mariana, em SP.
Uma idosa de 71 anos, do RJ, matava cães a pauladas e jogava em sacos de lixo na calçada.
Um cão brutalmente espancado e quase enforcado ficou com distúrbios emocionais sérios.
Um PM atirou sem qualquer motivo numa cadela grávida que vivia com um mendigo em Pouso Alegre.
Cadelinha morre após ser abandonada dentro de saco em SC.
Um burro idoso foi obrigado a trabalhar com a pata fraturada e pendurada por vários dias e quilômetros numa estrada.
Abaixo, publicamos uma relação com o nome de criminosos de alta periculosidade, os crimes que cometeram e a crueldade com os animais.
Albert de Salvo (O Estrangulador de Boston)
Assassinou 13 mulheres.
Na juventude prendia cães e gatos em jaulas para depois atirar flechas neles.
Brenda Spencer
Uma colegial que matou duas crianças nos EUA.
Costumava se divertir ateando fogo na cauda de cães e gatos e ninguém deu muita importância a isto.
David R. Davis
Assassinou a esposa para receber o seguro.
Matou dois poneys, jogava garrafas em gatinhos, era caçador.
Edward Kemperer
Matou os avós, a mãe e sete mulheres.
Cortou dois gatos em pedacinhos.
Henry L. Lucas
Matou a mãe, a companheira e um grande número de pessoas.
Matava animais e fazia sexo com os cadáveres.
Jack Bassenti
Estuprou e matou três mulheres.
Quando sua cadela deu cria enterrou os filhotes vivos.
Jeffrey Dahmer
Matou dezessete homens.
Empalava sapos quando crianças e matava animais deliberadamente com seu carro.
Johnny Rieken
Assassino de Christina Nytsch e Ulrike Everts.
Matava cães, gatos e outros animais quando tinha 11 ou 12 anos.
Luke Woodham
Aos 16 anos esfaqueou a mãe e matou a tiros duas adolescentes.
Incendiou seu próprio cachorro despejando um líquido inflamável na garganta e pondo fogo por fora e por dentro ao mesmo tempo. “No sábado da semana passada, cometi meu primeiro assassinato. A vítima foi minha querida cachorra Sparkle. Nunca vou esquecer o uivo que ela deu. Pereceu algo quase humano. Então nós rimos e batemos mais nela”. Esta frase foi extraída do diário de Luke Woodham.
Michael Cartier
Matou Kristen Lardner com três tiros na cabeça.
Aos quatro anos de idade puxou as pernas de um coelho até saírem da articulação e jogou um gatinho através de uma janela fechada.
Peter Kurten (O Monstro de Düsseldorf)
Matou ou tentou matar mais de 50 homens, mulheres e crianças.
Torturava cães e fazia sexo com eles, enquanto os matava.
Randy Roth
Matou duas esposas e tentou matar a terceira.
Passou um esmeril elétrico em um sapo e amarrou um gato ao motor de um carro.
Richard A. Davis
Assassinou uma criança de doze anos.
Incendiava gatos.
Richard Speck
Matou oito mulheres.
Jogava pássaros dentro do elevador.
Richard W. Leonard
Matava com arco e flecha ou degolando.
Quando criança a avó o forçava a matar e mutilar gatos com sua cria.
Rolf Diesterweg
O assassino de Kim Kerkowe e Sylke Meyer.
Na juventude matava lebres, gatos e outros animais.
Theodore R. Bundy
Matou 33 mulheres.
Presenciava o avô sendo cruel com os animais.

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