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LIBERDADE

Aves resgatadas de cativeiros dão o primeiro voo livre em Brumadinho

5 de julho de 2022
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução / Primeiro Jornal
Depois de muito tempo vivendo entre grades, cerca de 30 aves foram reabilitadas e soltas na natureza em Brumadinho, na Região Central de Minas. Os tico-ticos, periquitões-maracanãs, rolinhas-roxas e canários-da-terra, entre outras espécies, foram apreendidos por autoridades na região afetada pelo rompimento da barragem da Vale em 2019.
As aves silvestres viviam em cativeiro antes do rompimento, de forma ilegal. No trabalho de atendimento às propriedades afetadas pelos rejeitos da mineração, esses animais foram encontrados.
A maior dificuldade de reabilitação das aves silvestres para reinserção na natureza é o treinamento para que elas adquiram novamente – e algumas, pela primeira vez – as habilidades necessárias para encontrar alimento, abrigo, identificar predadores e exibir comportamentos típicos da sua espécie; o que passa por manter distância de seres humanos.
Para isso, uma das estratégias utilizadas foi a formação de “grupos sociais saudáveis”, onde as aves resgatadas do cativeiro conviviam com outras aves saudáveis da mesma espécie, abrigadas pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS).
“Esse estímulo à interação entre indivíduos da mesma espécie favorece, especialmente, animais resgatados ainda filhotes, e que de outra forma não teriam como aprender comportamentos essenciais à sua sobrevivência”, ressalta a analista ambiental da Vale, e doutora em comportamento animal, Cristiane Cäsar.
O tratamento das aves encontradas em cativeiro faz parte das ações de recuperação ambiental e da biodiversidade da região, previstas no acordo firmado entre a Vale do Rio Doce e o Estado de Minas Gerais em 2021.
O trabalho de recuperação dos animais e reinserção na natureza desenvolvido pela Vale envolve a participação de mais de 60 profissionais, entre biólogos, veterinários e auxiliares de campo.
“A realização de treinamentos e testes que avaliem e confirmem os comportamentos aprendidos são essenciais para comprovar as habilidades sociais, anatômicas e funcionais. E, antes da soltura, as aves ainda passam por exames sanitários a fim de garantir sua saúde e impedir a introdução de patologias no ambiente de soltura. Por fim, após a soltura, elas são monitoradas para avaliar sua sobrevivência e bem-estar no ambiente natural”, destaca Cristiane.

Fonte : Estado de Minas

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