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TRÁFICO

Aves, ouriços e répteis são vendidos sem fiscalização na Feira de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro

5 de fevereiro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/ TV Globo

Imagens gravadas no domingo (4) mostram a venda indiscriminada de animais silvestres na Feira de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. São aves, ouriços, tartarugas e até iguanas sendo vendidas no meio da rua, sem autorização dos órgãos competentes e sem o cuidado adequado com os animais.

“Trinca-ferro, tiê-sangue, tiziu”, gritava um vendedor.

Investigações apontaram a venda de produtos roubados, como alimentos e eletrodomésticos, e animais silvestres.

As autoridades investigam se os vendedores da Feira de Acari, na Zona Norte do Rio, proibida por meio de um decreto, estariam migrando para outras feiras da cidade e da Região Metropolitana.

Um homem carregava um papagaio dentro de uma sacola de feira.

“Ele está arisco, cuidado. Tá vendo? Ele está assustado”, afirmou o homem mostrando a ave.

Os animais passam de mão em mão.

“É filhotinho, está sem pena nenhuma, ó. Pode pegar, dá uma analisada”, disse outro vendedor, carregando o pequeno pássaro.

A criação de papagaios e outras aves não é proibida. Mas este tipo de comércio exige certificação de órgãos ambientais. É necessário comprovar a origem do animal.

Outro homem exibe filhotes de tartaruguinhas em uma caixa enquanto abana os animais no meio do calor da Baixada Fluminense.

Mais adiante, um ouriço é oferecido. Em outro ponto, uma iguana é exibida no ombro do vendedor.

Foto: Reprodução/ TV Globo

O que dizem as autoridades

A Prefeitura de Duque de Caxias afirmou que as ações de combate à comercialização ilegal de animais silvestres são de responsabilidade da Polícia Militar. E que a Guarda Municipal Ambiental da cidade auxilia nas operações.

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil afirmou que tem investigações sobre o tráfico de animais na feira de Duque de Caxias. E que as pessoas flagradas vendendo animais no local podem ficar presas por até um ano e ainda pagarem multa de R$ 5 mil.

Além do crime de tráfico de animais, os agentes também investigam os crimes de organização criminosa, receptação qualificada e falsificação.

A Polícia Militar afirmou que, apenas no ano passado, o Comando de Policiamento Ambiental arrecadou mais de dois mil animais silvestres em comércios ilegais. E que mais de 150 pessoas foram presas nessas ações.

A PM disse ainda que a unidade faz ações regularmente para coibir as práticas criminosas e que a população pode encaminhar as denúncias para o telefone da Linha Verde, número do Disque Denúncia que recebe informações sobre crimes ambientais, pelo 0300-253-1177.

Fonte: G1

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