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Autoridades portuguesas preocupam-se com o número crescente de animais abandonados

18 de março de 2010
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Medidas como a identificação obrigatória por meio do microchip visam diminuir a quantidade de animais abandonados, mas mesmo assim os números registrados pelo Canil de Ponta Delgada, entre 2008 e 2009, chegam a 1.550 cães e 538 gatos.

Ainda é frequente abandonarem-se animais apenas porque estes cresceram. De acordo com o médico veterinário municipal, Vergílio Oliveira, “o número de animais recolhidos pelo canil municipal é bastante menor que o número de animais entregues voluntariamente pelos próprios tutores ou pela pessoa que o encontra e decide entregá-lo no canil”.

No entanto, os números continuam a ser preocupantes e esta diminuição do abandono na via pública deve-se ainda à obrigatoriedade do uso do chip eletrônico. De acordo com Vergílio Oliveira, o chip de identificação veio diminuir o número de abandono “uma vez que em cada chip estão informados os dados do tutor. Desta forma, os tutores entregam os animais no canil, em vez de os abandonarem, pois sabem que podem vir a ser identificados através do aparelho”.

O veterinário sublinha ainda que o abandono animal é um crime e, como tal, é punido por lei. A lei da obrigatoriedade de identificação eletrônica do animal – em vigor em Portugal desde julho de 2008 – veio justamente com o objetivo de diminuir os números de perda e abandono de animais.

O microchip, que tem as dimensões de um bago de arroz, é colocado com uma agulha, sob a pele do pescoço do animal de forma indolor, não causa qualquer incômodo, e pode ser colocado em cães, gatos, aves e animais exóticos. O chip contém um número de identificação único no mundo, registrado numa base de dados com os contatos dos responsáveis do animal.

Ainda que os números de abandono nas ruas tenham diminuído, essa situação ainda é uma realidade e o cão continua a ser a espécie mais abandonada “devido à sua própria natureza”. Segundo explica o veterinário “é uma espécie que requer mais cuidados e atenção que, por exemplo, o gato”. Isto acontece porque “muitas vezes se deixam levar pelo impulso e não ponderando as necessidades que o próprio animal exige. Esquecem-se que o animal é pequeno, mas que vai crescer; que requer espaço para se exercitar; ou que dá alguma despesa, nomeadamente, em termos de vacinações e desparasitações”.

Vergílio Oliveira sublinha ainda que, antes de adquirir um animal de estimação,deverá ter em conta ainda a questão das férias, o período em que se registra um maior número de animais abandonados. Por isso aconselha que se “tente arranjar algum familiar ou amigo que fique responsável pelo animal nesse período de tempo, que pelo menos cuide da sua alimentação, higiene e que o exercite um pouco.

Com informações do Expresso das Nove

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