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MADRID

Ativistas em defesa dos direitos animais pedem o fim da pesca e da exploração de animais em aquários

7 de abril de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Em uma ação inédita na Puerta del Sol de Madrid, o coletivo Madrid Animal Save realizou no último domingo uma intervenção que impactou a todos. A iniciativa tinha um objetivo claro: chamar a atenção para a situação dos animais aquáticos e questionar as práticas de pesca, aquicultura e aprisionamento de animais em aquários.

Os ativistas, usando máscaras que imitavam peixes e envoltos em redes, foram estrategicamente posicionados em um dos pontos centrais da cidade. Segurando cartazes com frases impactantes como “Barcos de pesca: matadouros flutuantes” e “Sofro muito nas redes de pesca”, buscavam provocar a reflexão do público sobre o sofrimento desses seres vivos e as consequências de determinadas práticas de pesca.

Esta intervenção fez parte das ações globais em comemoração ao Dia Mundial pelo Fim da Pesca. Antonio García Edwards, um dos organizadores, compartilhou dados alarmantes sobre a indústria, observando que mais de três bilhões de animais aquáticos são mortos anualmente, muitos dos quais sofrem por horas em barcos antes de morrerem ou serem eviscerados vivos.

David Leau Chong, biólogo e ativista, aprofundou-se no tema, explicando o grave sofrimento que esses animais enfrentam, seja por sangramento e esquartejamento consciente ou morte por descompressão ao serem retirados de águas profundas. Além disso, destacou as condições deploráveis em que vivem os animais em muitas explorações aquícolas, rodeados de parasitas e doenças.

Juanje Sanz, também organizador, enfatizou a capacidade de sofrimento e consciência dos animais aquáticos. “Dado que estão conscientes do que está acontecendo com eles, devemos considerar seu interesse em não sofrer”, disse ele. Ele ressaltou o consenso científico sobre a necessidade de consumir esses animais e, portanto, criá-los ou matá-los.

Desde 2017, organizações de defesa dos direitos animais em todo o mundo têm intensificado seus esforços para exigir o fim das explorações aquícolas e da pesca, denunciando essas práticas como cruéis e desnecessárias. Este ano, mais de 160 organizações apoiaram o Dia Mundial pelo Fim da Pesca, organizando ações nas ruas e online para conscientizar o público sobre o sofrimento infligido aos animais aquáticos.

Este evento em Madrid é um exemplo claro de como o ativismo pode desempenhar um papel crucial na educação e conscientização do público em geral, convidando a sociedade a refletir sobre suas escolhas diárias e o impacto que têm no mundo vivo que nos cerca.

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