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Associação lança petição legislativa contra as touradas em Portugal

1 de setembro de 2010
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Protesto de ativistas, em julho, contra tourada promovida pelo CDS (Foto: Rui Gaudêncio/arquivo)

A presidente da Associação Animal, Rita Silva, anunciou ontem que o grupo de ativistas vai lançar uma petição legislativa para a abolição das touradas e reforçar as leis de proteção animal. 

A proposta será apresentada na Assembleia da República no dia 17 de setembro, dois dias depois do arranque do novo ano legislativo. Deputados do CDS, BE e Os Verdes admitem discutir a matéria.

Embora não negue a “boa intenção” por parte das pessoas que têm assinado a petição a correr na Internet para a abolição das touradas, promovida pelo Partido Pelos Animais, Rita Silva afirmou que “não é através de uma petição online que se vai conseguir fazer diferença”. “Tem de haver uma estratégia concreta neste assunto tão delicado. Por isso, no dia 17 de setembro vamos apresentar uma petição legislativa que vise não só à abolição das touradas, mas também estabelecer mais punições sobre crimes contra animais”, revelou a presidente da Animal.

A par dessa iniciativa parlamentar, a ativista disse que a associação vai percorrer todo o país numa angariação de assinaturas para que a sua proposta ganhe ainda maior expressão na Assembleia da República. A par disto, “estamos trabalharndo em conjunto com os outros ativistas da Catalunha para criarmos um plano de trabalho extenso e coerente”, contou Rita Silva. Contudo, a presidente da Animal disse que “não estava totalmente confiante” até a votação no Parlamento catalão a favor do fim das touradas, mas que, “depois desse passo no local em que era quase impensável a abolição da tauromaquia, será mais fácil e exequível acontecer o mesmo em Portugal”.

Apesar dessa proposta da Animal, por parte dos partidos não está prevista nenhuma iniciativa semelhante. No entanto, os deputados João Rebelo, do CDS-PP, Rita Calvário, do Bloco de Esquerda, e Heloísa Apolónia, d”Os Verdes, declararam que estariam disponíveis para uma discussão sobre esta matéria no Parlamento.

“Sabendo que a tourada é um espetáculo degradante e que a maioria dos portugueses está a favor do seu fim, sou favorável a que exista um referendo”, disse João Rebelo. Na ala esquerda, a deputada do BE afirmou que “neste momento não fazia sentido” um partido avançar com uma iniciativa contra a tauromaquia, mas não põe à parte uma “discussão pública” sobre a matéria. Assim, defende que haja primeiro “um debate social para depois passar ao nível parlamentar”. Já n”Os Verdes, Heloísa Apolónia disse que, “caso se demonstre que a maioria dos portugueses é a favor da abolição, evidentemente que obrigará a uma discussão na Assembleia da República”.

No PSD, Fernando Negrão advogou que “existem outras matérias para ocupar os deputados”, enquanto no PS e no PCP não houve ninguém disponível para comentar o tema.

Fonte: Público

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