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Associação que acolhe 700 animais em Caicó (RN) pode ficar sem abrigo

30 de junho de 2015
3 min. de leitura
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A Associação Caicoense de Proteção aos Animais e Meio Ambiente (Acapam) enfrenta dificuldades relativas à locação do imóvel que serve de sede para a entidade e abriga cerca de 700 animais, dentre os quais, contabilizam­-se 500 gatos e 200 cães que foram recolhidos das ruas. Segundo informações fornecidas pela presidente da Acapam, Esmeraldina Maria de Medeiros, o contrato de locação firmado entre o proprietário do imóvel, onde funciona atualmente a sede da associação, e a locatária, terá o prazo expirado em dezembro deste ano.
Não havendo mais por parte do locador interesse em renovar o contrato. Fato que deixa a associação em situação preocupante. “O contrato do aluguel foi feito em fevereiro de 2014 e perdura até dezembro de 2015, mas o proprietário do imóvel já expressou que não tem interesse em renová­-lo. Então, estamos já preocupados em conseguir um lugar adequado para alugar e comportar nossos 700 animais”, declarou Esmeraldina.
Fundada em 2011, a Acapam que é constituída por cinco funcionários fixos e colaboradores de alguns segmentos da sociedade local, surgiu da necessidade de prestar assistência ao número considerável de animais abandonados na cidade e que se encontravam em estado de vulnerabilidade. A presidente da entidade foi a idealizadora do projeto, que só tomou forma graças à solidariedade e esforço mútuo e coletivo de muitos caicoenses.
“Quando cheguei de Natal onde morava, fiquei preocupada com a quantidade exorbitante de animais abandonados em Caicó. Então, decidi procurar a imprensa para dar visibilidade ao assunto e aos poucos as pessoas foram aderindo ao projeto e formamos um grupo. Com a cara e a coragem procuramos uma casa para abrigar esses animais e daí surgiu a Acapam”, disse Esmeraldina, acrescentando que o seu amor devotado pelos animais não é recente, e sim, data de muitos anos.
“A luta tem sido grande, mas gratificante. Eu já gostava de animais desde criança quando criava gatos e cachorros”. Com o intuito de reduzir o percentual de bichos abandonados nas ruas por seus tutores, a Acapam tem esbarrado num potente inimigo:­ a falta de consciência e de responsabilidade dos tutores de cães e gatos, que simplesmente cansam de cuidar dos seus animais e os relegam aos riscos do mundo externo.
A maioria das pessoas, desde a chegada da entidade de proteção aos animais, tem se aproveitado do fato para livrar­-se dos bichos, deixando-­os à mercê, nas ruas, ou encaminhando-­os para a Acapam. Ocorre que a entidade já tem muitos gastos e não comporta mais abrigar de forma digna, tantos animais abandonados.
SUPERLOTAÇÃO
“Nossa entidade já está lotada. Estamos atendendo a um número bem superior ao que podemos. Infelizmente é doloroso ter de estabelecer limites. Então o ideal é que a própria pessoa procure ajudar a encontrar um novo lar para o animal abandonado, é muito gratificante salvar uma vida. Ultrapassamos nosso limite, porém não param de chegar novos animais em situação degradante. Deve haver uma educação e orientação à população. O abandono que deveria ter sido reduzido, com a vinda da Acapam tem aumentado a cada dia”, afirmou a presidente da entidade.
RESGATE
O processo de resgate e acolhimento dos animais é feito principalmente por meio de denúncia da população, que entra em contato com a Acapam. “Quando encontramos o animal e ele está em estado muito crítico entramos em contato com o veterinário. Não temos transporte para fazer esse deslocamento e, muitas vezes, temos de levá-­los de moto. Muitos tutores têm abandonado os bichos amarrados nas intermediações da entidade. Isso é uma maldade”, desabafou Esmeraldina.
COMO AJUDAR?
A Acapam dispõe atualmente com a colaboração de veterinários que realizam alguns procedimentos e atendimentos por um preço mais acessível. A população também pode contribuir e exercer sua cota de cidadania. Interessados em contribuir de alguma forma podem entrar em contato com a ONG através do facebook ou do blog oficial.
Fonte: Jornal De Fato

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