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Aromaterapia para uso em animais - parte 1

13 de março de 2009
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O exercício da “arte” de tratar animais começa com o processo de domesticação dos lobos, pelo homem primitivo. O mais antigo registro documental de que se tem notícia data do século XVIII a.C. – é o “Papyrus Veterinarius de Kahoun” (egípcio), que fazia referência à medicina animal. Indicava técnicas de diagnóstico, sintomas e tratamento de várias espécies animais, com plantas e ervas.
O tratamento através dos cheiros é muito antigo. Na pré-história, hominídeos já queimavam madeira e folhas, para agradar os deuses com aromas. Na América pré-hispânica, todas as culturas existentes, deixaram testemunhos do uso de plantas aromáticas com fins curativos e rituais.
Não se pode precisar a primeira extração por destilação dos chamados “óleos essenciais”. Provavelmente esse fato aconteceu no período posterior ao dilúvio, de acordo com as escrituras hebraicas.
Há alguns milhares de anos, ervas aromáticas, bálsamos e resinas vêm sendo utilizados para embalsamar cadáveres em cerimônias religiosas, e nenhum documento que permaneceu registra com exatidão o uso de óleos essenciais isolados.
“Aromaterapia” é o tratamento por meio dos cheiros, das fragrâncias. A ação terapêutica se dá através dos óleos essenciais (óleos essenciais são compostos voláteis extraídos das plantas) e acontece num nível mais elevado, mais sutil que o da planta inteira ou seu extrato, tendo, em geral, um efeito mais pronunciado sobre o físico, a mente e as emoções. Aromaterapia é um ramo da Osmologia – ciência que se ocupa do estudo do olfato e das partículas que, dispersas no meio, são captadas por células especiais, sendo interpretadas como cheiros pelo cérebro.
Os conceitos da Aromaterapia para uso em animais estão fundamentados na visão holística de tratamento – a percepção do Universo e do bicho como um todo harmonioso e indivisível. A saúde holística objetiva o bem-estar do ser total, não limitada aos sintomas da enfermidade. Ela está baseada na suposição de que corpo, mente, emoções e espírito formam uma unidade indivisível e que o desequilíbrio em um desses níveis causa a doença.
Atualmente a Aromaterapia é uma técnica reconhecida e empregada em muitos países do Primeiro Mundo como um método extremamente eficaz de tratamento: na Inglaterra e França, por exemplo. No Brasil, como categoria, os Terapeutas Holísticos, têm seu Sindicato reconhecido pelo Ministério do Trabalho, nº. 46000.003516/93 e nº. 46000.002902/97 – Diário Oficial da União nº. 55 de 21/03/1997, Seção I, página 5678 e Diário Oficial da União nº. 134-E de 16/07/1998, Seção I, página 01. Mas é bom salientar que a Aromaterapia, sendo uma terapia holística complementar, não substitui a consulta com o médico veterinário.
De forma geral, as terapias holísticas possuem um efeito bem rápido e efetivo nos animais – no caso da Aromaterapia, os animais por terem o olfato muito mais desenvolvido que o dos humanos, respondem muito bem ao tratamento – a absorção dos óleos se dá pelo olfato e através da pele (tato). As ramificações dos nervos olfativos na cavidade nasal de um cão, por exemplo, ocupam 160 centímetros quadrados e no homem ocupam 5 centímetros quadrados. As células olfativas, no homem, são em número de 5 milhões – em um pastor alemão, por exemplo, são 220 milhões. O olfato nos gatos também é muito desenvolvido. Os gatos possuem um órgão chamado vomeronasal no céu da boca que os ajuda a identificar odores. É como se sentissem o “gosto” do cheiro. É considerado o segundo sistema olfativo do gato.
E todos os animais respondem ao tato, às carícias. Neurologistas descobriram que, quando a mãe lambe os filhotes, provoca modificações químicas neles. Se o filhote é separado de sua mãe, diminuem seus hormônios de crescimento.

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