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Araras resgatadas de criadouro no PA dificilmente poderão voltar à natureza, segundo o Ibama

24 de julho de 2010
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Uma arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) e uma arara-canindé (Ara ararauna) foram entregues nesta sexta-feira (23) ao Ibama no Pará. Segundo o órgão ambiental, elas estavam num sítio na zona rural de Barcarena (PA). O caseiro da propriedade avisou a fiscalização e disse que as aves chegaram voando ao local.

De acordo com o Ibama, as duas araras estavam numa pequena gaiola, e possivelmente fugiram de um outro criadouro, já que a arara-canindé sabe repetir palavras. Por terem sido humanizadas, as aves dificilmente poderão voltar à natureza.

A confirmação do sexo das araras deverá levar ao menos 20 dias, diz o Ibama. Como não há diferenças externas entre machos e fêmeas, será necessário fazer exame de DNA.

Ambas as aves foram levadas ao parque zoológico Mangal das Garças, em Belém, onde formaram duplas com outros pássaros da mesma espécie que já estavam na instituição.

Uma outra arara-azul resgatada em Altamira (PA) havia sido levada ao Mangal das Garças em junho. Desde então, estava sozinha. A espécie é considerada ameaçada de extinção. Em 1987, a arara-azul tinha uma população de apenas 2.500 exemplares.

Uma arara-canindé, ave protegida mas não em perigo de extinção, também estava à espera de um par no parque.

Fonte: Midia News

Nota da Redação: Um ato criminoso pode provocar consequências desastrosas. Os animais tiveram o seu direito à liberdade violado e agora dificilmente voltarão a viver livremente em seus habitats, junto à natureza. A violência praticada contra esses animais deveria ser tratada de forma mais severa, garantindo uma pena justa aos responsáveis por esse ato perverso. Mas, pelo contrário, a impunidade parece ser mais institucionalizada neste país do que a cultura do bem e da justiça.

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