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PRECAUÇÃO

Após morte de animais, Comissão da Câmara quer adiar vacinação antirrábica no RJ

Animais teriam sofrido reações após serem vacinados em um posto em Magé (RJ) e 10 deles teriam morrido

7 de setembro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Após animais vacinados pela prefeitura terem sofrido reações e casos de morte terem sido registrados em Magé (RJ), o presidente da Comissão dos Direitos dos Animais da Câmara do Rio de Janeiro, o vereador Luiz Ramos Filho (PMN), pediu o adiamento da campanha de vacinação antirrábica.

Na capital do estado, a campanha está prevista para começar no próximo sábado (11). Para tentar impedir que isso ocorra, Ramos Filho encaminhou um ofício ao secretário de saúde do município, Daniel Soranz, e anunciou que acionará a Justiça caso considere necessário.

A decisão do vereador foi tomada após a Vigilância Sanitária de Magé ter recebido denúncias de que animais teriam sofrido reações após a vacinação e que 10 deles teriam morrido. Todos foram vacinados no mesmo posto, em Santo Aleixo, no segundo distrito.

Ramos Filho afirmou que as mortes e as reações foram causadas por parte do lote da vacina enviado pelo Ministério da Saúde ao município e que vacinas desse mesmo lote foram encaminhadas para a cidade do Rio de Janeiro. Preocupado, o vereador decidiu agir por temer que mais mortes pudessem ocorrer.

Além de contatar Daniel Soranz, o vereador também oficiou o secretário de saúde do estado, Alexandre Chieppe, e disse que poderá acionar o Poder Judiciário para impedir que as primeiras 110 mil doses da vacina antirrábica sejam distribuídas na capital do estado até que elas passem por análise que indique se estão ou não contaminadas.

“Não se pode botar em risco a vida de tantos animais. Se for necessário, entrarei na Justiça para impedir a distribuição desse lote da vacina, não é possível botar em risco a vida de tantos animais”, disse Luiz Ramos Filho em entrevista ao jornal O Dia.

Reações à vacina

No final da tarde de sábado, quando a Prefeitura de Magé promoveu o Dia D de vacinação contra a raiva em 52 postos da cidade, a Vigilância Sanitária recebeu denúncias sobre animais que sofreram reações após serem vacinados. “Imediatamente, uma equipe da prefeitura deslocou-se até o local para acompanhar de perto a situação”, informou a administração municipal.

Frascos e materiais usados na vacinação foram enviados para análise. Em nota, a Prefeitura de Magé afirmou que atua “com respeito e dedicação à causa animal” e que se solidariza “com os tutores dos animais que sofreram algum tipo de reação”. “A equipe da Vigilância Sanitária responsável pela campanha está acompanhando de perto o desdobramento dessa situação”, diz o comunicado.

Falha humana

A Prefeitura de Magé levanta a hipótese das mortes terem sido causadas por falha humana. Isso porque depoimentos colhidos pela prefeitura indicam que os animais podem ter recebido injeções de insulina ao invés do imunizante.

“De um total de quase 36 mil doses aplicadas no último sábado, em 53 postos de vacinação, apenas uma única unidade registrou as reações”, pontuou a prefeitura, que explicou ainda que “toda a equipe envolvida no processo de vacinação ocorrido na unidade foi afastada por ato da Secretaria de Saúde, nesta segunda feira (6)”, o que deve ser mantido até a conclusão da investigação.

Segundo a administração municipal, “se forem confirmadas as suspeitas, os agentes que atuaram na unidade serão exonerados e todos os documentos do processo administrativo serão encaminhados às autoridades policiais para a responsabilização penal”.

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