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Os animais também precisam ter um inverno quentinho

23 de maio de 2015
4 min. de leitura
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Foto: COLS3/ISTOCK
Foto: COLS3/ISTOCK

Oficialmente, o inverno começa no dia 21 de junho, mas, em algumas regiões do Brasil, a temperatura já está mais amena e os casacos e cobertores saíram do armário. Você sabia que os cuidados com a estação mais fria do ano deve se estender aos animais?
Apesar de eles não sentirem o frio da mesma forma que os humanos, algumas precauções precisam ser tomadas, principalmente com filhotes e bichos mais velhos, para que os peludos tenham um inverno tranquilo e aquecido.
O DAQUIDALI conversou com Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal, que dá ótimas dicas sobre o assunto.
Capriche na proteção
De acordo com Rossi, os cachorros sentem mais frio quando estão dormindo, seja de noite ou nas sonecas durante o dia. “Verifique se eles têm um cantinho onde se sintam mais quentinhos”, aconselha. Para aqueles animais que costumam ficar mais no chão, forre o assoalho com papelão ou jornal. Assim, você vai garantir um bom isolamento térmico.
Se você mantém a casinha do cão no quintal, é aconselhável que ela fique próxima da porta que conecta o ambiente externo com o interno. Mantê-los protegidos das correntes de ar e da chuva também é importante. “Se ele não tiver uma casinha quentinha, alguns colchões esquentam um pouco”, sugere.
Mais do que prestar atenção na temperatura marcada pelo termômetro, observar o comportamento do animal é essencial para saber se ele está ou não passando frio. “A maioria dos cachorros não sente frio quando está em movimento. Se ele tremer e ficar encolhido, é sinal que está com frio”, explica.
De olho no seu amigo de quatro patas
Se o seu peludo está com a língua para fora enquanto veste uma roupinha, é melhor tirar, pois esse sinal físico indica que ele está com calor. “Quanto maior o cachorro e maior forma de esfera, menos frio ele vai passar”, afirma o especialista.
Se você tem filhotes, que naturalmente precisam de mais calor, ou cães de uma idade mais avançada, a atenção deve ser especial. Geralmente, os idosos sentem mais dores nas articulações e vão passar mais tempo deitados. Por isso, para eles, as camas aquecidas são mais indicadas.
Com o tempo mais seco, a circulação de vírus e bactérias aumenta. Se os humanos ficam mais suscetíveis a gripes e resfriados, os cães são mais propensos a terem a chamada tosse de canil. “É importante dar as vacinas contra as gripes. Pulgas, carrapatos e mosquitos costumam dar uma trégua, mas mesmo assim se recomenda a proteção”, alerta o especialista.
É hora de brincar
É normal que durante o inverno o consumo de água diminua, assim como as atividades físicas. Isso pode significar um possível ganho de peso. “Talvez, seja necessário fazer um ajuste na quantidade de ração”, diz.
Rossi conta que o inverno é a estação do ano perfeita para brincar com os cachorros. “Para passear é o momento certo. Com os animais pequenos, vale a pena ter um agasalhinho”, orienta. Deixar que eles curtam a luz solar é importante, mas sem exageros. “Às vezes, eles ficam o tempo todo no sol e podem ter problemas de pele, assim como os humanos”, diz.
Os banhos também estão liberados, apesar de o brasileiro costumar fazer isso na frequência máxima permitida, que é uma vez por semana. Se você dá banho em casa, não deixe que o animal fique úmido por muito tempo, pois isso aumenta a probabilidade de ele sentir frio, além de deixa-lo mais predisposto a problemas de pele. “Para garantir, dê no período da manhã. Aí, vai ter boa parte do dia para ele secar”, recomenda o especialista
Gatos são mais independentes
Diferentemente dos cachorros, os gatos dificilmente irão demonstrar desconforto com frio, até porque eles consegue se virar muito bem para encontrar calor. “Eles exploram as alturas, onde os cães não têm acesso”, conta Rossi. Porém, eles podem se alojar em locais perigosos, como capôs de carros. Por isso, fique de olho.
Gatos recém-nascidos merecem a mesma atenção especial que qualquer outro filhote, e os mais velhos também. “Para os gatos idosos, deixe as opções de água e comida com acesso mais fácil, pois eles podem ter mais dificuldade e receio de pular”, alerta.
Fonte: Cenário MT

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