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Animais sofrem em exibições de zoológicos

24 de junho de 2011
4 min. de leitura
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Divulgação

Zoológicos -também chamados jardins zoológicos- são locais específicos para se manter animais selvagens e domesticados que podem ser exibidos ao público.

Os primeiros zoológicos eram coleções de animais particulares, geralmente pertencentes a reis. Reis da época do império egípcio já possuíam uma coleção de elefantes, grandes felinos e diversos outros mamíferos. Os zoológicos serviam como demonstração de poder e também para satisfação pessoal da aristocracia.

Foi somente após 1800 que os zoológicos se popularizaram e passaram a ser abertos ao público. Neles, além da exibição dos animais como forma de curiosidade, eram realizadas lutas entre animais e também a exibição de animais treinados para o entretenimento das pessoas.

Os zoológicos sempre estiveram estritamente ligados ao comércio ilegal de animais, pois encomendava espécies exóticas ou silvestres para preencher os seus espaços e atrair público, ao mesmo tempo que reproduzia e vendia ou troca seus espécimes. Aos poucos, as lutas entre animais foram sendo proibidas e as apresentações com animais treinados foram sendo abandonadas -no entanto ainda existem- e atualmente os zoológicos em geral usam animais unicamente para a exibição. No entanto, ainda que leis tentem regulamentar, o comércio clandestino continua relacionado aos zoológicos.

Alternativas

A alternativa aos zoológicos é a extinção destes locais, uma vez que sua existência é totalmente desnecessária. Os animais são mantidos em constante estresse, pois vivem em ambiente inadequado e estranho ao seu habitat natural, sempre incomodado pelo contato com humanos. A alegação antiga que se usava para justificar a existência dos zoológicos não se sustenta mais: a de que seria um meio de as pessoas aprenderem sobre a fauna. Atualmente temos à disposição livros, enciclopédias, vídeo-documentários e enciclopédias on-line. Portanto, para a educação, temos alternativas muito mais eficientes e para o caso da exibição para lazer ou curiosidade não se justifica uma vez que, independente de serem o mais bem tratados possível e do espaço de que disponham, os animais não existem para o nosso entretenimento.

Existe o problema de indivíduos resgatados do comércio ilegal, que precisam ser tratados e readaptados para voltar a vida selvagem e ainda os casos daqueles indivíduos que jamais se recuperam para a vida no habitat natural e, portanto, necessitam de um “abrigo” definitivo. Para isso, existem os criadouros conservacionistas, cuja finalidade principal é exatamente o bem-estar do animal, visando dar-lhes um “lar”. Os criadouros conservacionistas não são abertos ao público, não usam seus animais para outra finalidade que não a preservação e somente reproduzem espécies extritamente em vias de extinção. Portanto, a alternativa ideal é aproveitar os espaços já existentes dos zoológicos e convertê-los para criadouros conservacionistas.

Divulgação

O que você pode fazer

– Não vá a zoológicos, principalmente nos quais a entrada é paga.

– Caso o zoológico esteja vinculado a um parque de passeio, fiscalize a condição em que os animais são mantidos e solicite que a administração do local faça alterações nas instalações dos animais para seu melhor bem-estar. Por exemplo: uma condição bastante comum é a de animais se tornarem vítimas de “brincadeiras” do público: por exemplo, são cutucados com paus ou são jogadas pedras para se ver a suas reações ou para que voem, se movam ou gritem. Também são oferecidos aos animais chicletes, doces, embalagens de pipocas, sacolas plásticas, ou outras coisas que podem matá-los engasgados.

– Observe e denuncie as instalações inadequadas ou as situações de maus-tratos a que os animais ficam sujeitos. Existem portarias específicas aprovadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) sobre as condições básicas exigidas aos zoológicos e que em muitos casos não são cumpridas. Informe-se e comunique as condições inadequadas à promotoria de meio ambiente de sua cidade.

– Fique atento à rotatividade dos animais. O “entra e sai” de animais pode ser um indício de comércio ilegal. Isso inclui não somente os animais mais raros -e portanto, os mais cobiçados-, mas também aos mais “comuns” e “domésticos”.

– Programe e execute palestras ou material educativo que ensine que animais não existem para o nosso entretenimento ou lazer, de que não temos o direito de raptar animais de seus hábitats naturais para nosso bel-prazer, mas ao contrário, o dever de garantir-lhes o direito a permanecerem em seus ambientes de origem ou o de serem reabilitados a voltarem a estes.

Fonte: ONCA

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