Rejeane Valim
[email protected]
Acabei de retornar da Praça do Campo Limpo (06/07), mais um dia em que tento amenizar a fome e sede desses animais. Infelizmente hoje me bateu grande revolta, de presenciar aqueles animais ali, naquela situação, sem um pingo de água, sem um pingo de alimento, com pessoas que ao me verem faziam comentários entre si, alguns de um salão de beleza em frente a praça, riam, achando engraçado alguém fazendo algo que eles, se fossem realmente humanos, fariam. Esses animais não são enxergados por ninguém!! Não tenho como ir todos os dias até lá, e assim eles ficam, com fome e sede, até que eu retorne.
A Pipoca (da foto acima), fica o tempo todo presa numa corrente, mesmo que eu a solte, moradores a prendem de novo, com a história de que ela será atropelada caso solta, como se tivesse cometido um crime, a Pipoca fica ali, esperando por socorro, sem poder ao menos tentar ir atrás de alimento, revirar lixo. Fica presa 24 horas, como se fosse uma criminosa, como se tivesse que pagar pelo crime por existir.
É desesperador! Sempre que chego trazendo garrafa com água, ela bebe desesperadamente, nunca sei há quanto tempo ela está sem água! Se eu a solto, quando volto, ela está presa de novo. Compramos duas correntes de 1m 20 e unimos uma a outra, para que pelo menos assim, ela tivesse como ter acesso a casinha que levantamos na Praça.
O Pretinho e a Maia, vivem fracos, mal levantam, nem sequer costumam circular pelas ruas. Faço o que posso, mas não é suficiente. Não aparece adotante, não aparece madrinha/padrinho para nenhum deles. Fico impotente, tentando ampará-los emergencialmente, mas até quando?
Até o dia em que os encontrarei mortos de frio, talvez. Hoje, acabei de retornar de lá, e não encontrei a Maia, a idosinha, e ela SEMPRE está lá, e hoje não sei o que houve, não sei se ela tentou caminhar em busca de alimento ou água, ou se morreu em algum lugar por conta do frio. Ninguém me ajuda ali em volta da praça, já pedi para moradores pelo menos garantirem a água para eles, mas ninguém coloca NADA!
Comprei panelinhas, comprei uma corrente maior para a Pipoca (já que eles a mantêm presa), aumentamos as paredes da casinha que existe lá, onde os 3 dormem juntos, levei cobertor, limpei toda a praça, catando lixo com as mãos pela praça toda, papéis higiênicos sujos, absorventes sujos, plásticos, latas, garrafas, até trabalho de macumba, tudo para que os cães pelo menos ficassem num lugar menos humilhante, mas nada disso faz com que as pessoas da região os enxerguem!
Não sei mais o que fazer, se não aparecerem madrinhas/padrinhos para eles, sei que logo morrerão ali.
Me ajudem, por favor, a divulgá-los.
Caso alguém possa apadrinhar/amadrinhar algum deles, tenho para onde levá-los, e a mensalidade do Abrigo sai por R$80,00 para cada animal. Eu mesma os levo, caso alguém tenha condições de apadrinhá-los/amadrinhá-los.
Me ajudem a ajudá-los!
Contatos:
Rejeane Valim e Rafael Gomes
(11) 9866-9935
[email protected]