EnglishEspañolPortuguês

Animais ganham vigília contra matança em Ribeirão Preto (SP)

26 de dezembro de 2011
3 min. de leitura
A-
A+

Protetora de animais, a auxiliar de enfermagem Luciana Mertz abriga cerca de 40 cachorros no quintal de sua casa (Foto: Reprodução/ Folha)

Entidades de proteção aos animais e pessoas que atuam de forma independente na defesa dos animais calculam o abandono de até 200 cães e gatos nas ruas de Ribeirão Preto (SP) durante as festas de fim de ano e também nas férias de janeiro.
Geralmente, animais encontrados nas ruas durante essa época do ano foram abandonados por seus tutores ou, por estarem sozinhos em casa, acabam fugindo, de acordo com os protetores.
O período deixa em alerta os cerca de 50 defensores que existem na cidade -alguns deles chegam a fazer rondas noturnas e vigílias para evitar a matança dos animais.
É o caso das ativistas e protetoras da Causa Animal de Ribeirão, a publicitária Elaine Machado e a advogada Sandra Maria da Silva.
Na sexta-feira, Elaine resgatou um cachorro da raça fox paulistinha no bairro Lagoinha, na zona leste. O animal estava com cerca de 40 carrapatos, segundo ela.
“Não me parece um cachorro de rua, porque ele está com aparência bem cuidada e forte”, afirmou ela.
Também na sexta, Sandra encontrou um bassê na rua em que ela mora e o levou para tratamentos em uma clínica veterinária particular.
Na semana passada, ela havia tentado resgatar um poodle que estava andando assustado pelas ruas da Vila Seixas, mas ele fugiu pela avenida Independência.
Sandra e Elaine também intensificaram o alerta para garantir a segurança de gatos que vivem em um antigo prédio da Transerp, na Vila Seixas, hoje desocupado.
“Infelizmente, há ameaças de envenenamento contra eles. Tive que registrar até boletim de ocorrência.”
Na última terça-feira, outra protetora, Rosilene Ubine, encontrou um gato de cerca de sete dias dentro do lixo.
HOTÉIS LOTADOS
A falta de vagas registrada desde o começo do mês em hotéis para animais mantidos por protetores indica que houve aumento dos abandonos.
A constatação foi feita por Viviane Alexandre, advogada da AVA (Associação Vida Animal) e representante da WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal).
“Fui informada sobre um cachorro abandonado e fomos atrás de hotel. Mas as vagas já estavam esgotadas.”
Por conta disso, os protetores passaram a divulgar fotos e informações dos bichos nas redes sociais, para encontrar os tutores ou alguém que possa adotá-los.
Há protetores, porém, que acabam levando os animais para casa, como a auxiliar de enfermagem Luciana Mertz. Ela abriga cerca de de 40 cachorros em seu quintal.
Dos animais que tirou das ruas no Natal do ano passado, acabou ficando com três.
No início do mês, um cão da raça pit bull e outro que aparentava ser uma mistura de bassê com yorkshire foram deixados na porta da casa da protetora Márcia Barbosa, que já cria 27 cachorros.
O pit bull foi encaminhado para o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), que tem capacidade para receber até cem cachorros e gatos.
Fonte: Folha

Você viu?

Ir para o topo