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Abrigos americanos incentivam a adoção de animais em pares

13 de setembro de 2013
3 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Ivan, Domino e Joshua chegaram juntos a um abrigo de animais quando seu tutor, que estava doente, não pôde continuar cuidando deles. Para serem adotados, terão que ir juntos.

O trio formado por um mestiço de Pastor alemão com Husky, um mestiço de Dálmata e um outro também sem raça definida e com visual de “Benji” ficará no abrigo de Nova York até alguém levar os três, pois o ex-tutor, antes de ser internado em uma casa de repouso do Texas, recorreu a medidas legais exigindo que os cães sejam mantidos juntos e bem cuidados. As informações são do Huffington Post.

Apesar da onda de e-mails a apoiadores, posts em mídias sociais e um vídeo publicado em um talk show, não houve candidatos à adoção desde que os animais chegaram ao abrigo Long Island em 14 de junho.

A situação dos três é um exemplo do desafio de encontrar lares para múltiplos animais que devem ser adotados em pares ou grupos para honrar uma prévia solicitação do tutor, ou para manter juntos animais inseparáveis. Abrigos e voluntários de resgate precisam ser criativos em suas estratégias para alocar animais unidos em um mesmo lar.

“Eles formam um trio adorável”, disse Joanne Yohannan, Vice Presidente de operações da North Shore Animal League America de Nova York, a respeito de Ivan, Domino e Joshua. “Terá de ser uma pessoa especial, alguém que tenha condições e que irá amá-los”.

Para ajudar com uma adoção múltipla, alguns abrigos americanos abrem mão das taxas de adoção ou fazem promoções. Quando abrigos ao redor da cidade enfrentam uma explosão da população de filhotes, preços cobrados dos que adotam mais de um animal caem drasticamente. Outros benefícios também são oferecidos, como a oferta da castração, microchips e coleiras.

Se um par muito ligado é separado, os animais podem exibir mau comportamento como tornarem-se destrutivos ou agressivos com as pessoas, disse Gail Buchwald, Vice Presidente da American Society for the Prevention of Cruelty to Animals (ASPCA).

“Estes casos são certamente exemplos de que situações em que dois são melhor que um”, afirmou ela. Duas semanas depois que Laura Morse e sua família se mudaram da Arizona para a Flórida há três anos e meio, seu cão da raça Cocker Spaniel morreu. Laura passou a procurar outro cão e encontrou Thor e Zeus em um site de resgate de animais de St. Louis. Eles tiveram que ser adotados juntos pois Zeus não se alimentava sem a presença de Thor.

Martie Petrie, co-fundadora do abrigo Ken-Mar Rescue em Los Angeles, salvou Candy e Cane, dois cães Terrier de Manchester em 2008, quando seu tempo em um outro abrigo estava se esgotando. Em abrigos temporários, ficaram separados por tanto tempo que Cane ficou “emocional, física e espiritualmente abalado”, segundo relato de Martie, que conta, “ele se recompôs quando reuniu-se a Candy em um lar adotivo”.

No início, não havia tutores interessados em adotá-los juntos, até que Martie recebeu um e-mail de um casal de Lake Tahoe que leu sobre os dois em um artigo de jornal. Eles viajaram para buscá-los com seu trailer em uma longa viagem. Isso foi em 29 de Dezembro de 2008.

Desde então, todo ano Martie recebe um cartão de Natal do casal de algum lugar dos Estados Unidos com uma foto de Candy e Cane em seus suéteres de festas.

Nota da Redação:  Animais não-humanos também criam laços profundos de amor e afeto entre si e é comum que muitos sofram tremendamente quando são separados de seus irmãos ou amigos de quatro patas com quem viveram em um lar ou abrigo.

Ah, se eles pudessem falar a linguagem humana! Então saberíamos o mal que fazemos ao separá-los.

É preciso sensibilidade por parte dos novos tutores para perceber quando há pares ou grupos ligados entre si e um grande gesto da parte deles se puderem conceder a esses animais a imensa alegria de continuarem juntos.

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