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Alternativa para testes em animais: por que devemos nos importar

24 de fevereiro de 2010
3 min. de leitura
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Por Nicole Gilbert
Tradução por Giovanna Chinellato  (da Redação)


Muitos detestam a ideia de testar produtos de uso comercial e remédios, mas temem erguer a voz e serem tachados de extremos.


Mesmo assim, quando a Universidade de Medicina do Arizona, EUA, anunciou a construção de um laboratório para testes em animais no centro de Phoenix, alguns alunos ergueram, sim, suas vozes. Aqueles preocupados com os direitos dos animais disseram que muitos dos testes que acontecem são inúteis e extremamente cruéis.


Foto: PETA
Foto: PETA


Muitos animais podem ser poupados no futuro graças a desenvolvimentos científicos na área de pesquisa. Mas não se não dermos uma chance aos novos métodos.


Em vez de construir um laboratório de testes em animais, não seria muito mais revolucionário começar uma pesquisa sem criar e experimentar em seres vivos?


A Humane Society dos Estados Unidos citou um progresso recente na área de testes toxicológicos sem uso de animais, um método que vem ganhando fama, o de cultura de células. Considerando que os animais estudados pela maior parte dos laboratórios , ratos e camundongos, principalmente, são bem diferentes dos humanos, tecnologias baseadas em células humanas prometem um resultado muito mais acurado de como uma droga iria interagir com o corpo humano. Também existe a possibilidade de no futuro os humanos que testariam os produtos poderem tomar doses bem menores.


A tecnologia existe, e seria bem mais desenvolvida se os cientistas não estivessem se prendendo a testar em animais. O governo e códigos de saúde pedem a continuidade dos testes em animais.


O porta-voz da Universidade de Medicina do Arizona, Al Bravo, disse que o novo laboratório de pesquisas irá fazer testes em roedores na busca por câncer, doenças cardiovasculares e neurológicas. Ele disse que a universidade tem um padrão de como cuidar dos animais. Mesmo assim, milhares morrem ou vivem vidas terríveis.


Imagine nascer numa caixa, ser perfurado por agulhas, talvez pegar doenças e ser largado para morrer (ou miraculosamente se recuperar para sua vida maravilhosa). Enquanto a cena já é difícil para muitos de nós que não consideram animais seres emotivos, é muito mais difícil para quem já conheceu ou convive com um animal.


foto: peta
Foto: PETA


Quando eu era criança, eu tinha um ratinho de estimação. Ele era um animal inteligente, que me reconhecia pela aparência e cheiro. Ratos de laboratório não seriam tão diferentes se não fossem confinados para as vidas vazias que levam.


A conexão humano-animal não existe para maior parte da população – vamos encarar isso, a mente egoísta do ser humano continuará existindo.


Entretanto, a possibilidade de métodos alternativos de pesquisa deveria causar, no mínimo, certa curiosidade.


Universidades deveriam buscar mudanças e estímulos intelectuais, não lugares para métodos velhos que automaticamente ditam como conduzir futuras pesquisas.


Com informações de: State Press


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