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5 indícios de que o mundo está tomando atitudes pelos direitos animais

21 de julho de 2015
4 min. de leitura
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Por Augusta Scheer (da Redação)

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Mudar a percepção das pessoas acerca dos animais é uma coisa que todos os defensores tentam fazer. Seja chamando atenção para o sofrimento de animais selvagens em cativeiro, ou denunciando os abusos de animais que vivem em fazendas da indústria pecuária, os ativistas fazem todo o possível para melhorar as condições de vida dos animais. A boa notícia é que todo esse esforço parece estar surtindo efeito, segundo informações do site One Green Planet.
Nos Estados Unidos, foram introduzidas recentemente leis e penas mais rígidas para coibir o abuso de animais, e muitos outros países vêm demonstrando crescente preocupação com os seus direitos e bem-estar.
Apesar de todo o trabalho que ainda temos pela frente, os exemplos recentes listados abaixo mostram que já existem razões para comemorar.
1 – Parques nacionais protegidos na Austrália
Foto: Animals Australia
Foto: Animals Australia

O Oeste da Austrália é repleto de parques nacionais que servem de santuário para os animais. No entanto, houve um projeto de lei recente que permitiria a caça recreacional de animais considerados equivocadamente “pestes” como coelhos, veados, patos e caprinos dentro das fronteiras dos parques.
Felizmente, a organização Animals Australia interveio e uniu os defensores de animais para barrar o projeto. Graças à forte oposição (além de pesquisas científicas demonstrando que o abate não é uma maneira eficaz de controle populacional de animais), o Ministro do Meio-Ambiente ouviu o público e rejeitou a medida, mencionando especificamente o bem-estar animal. Agora, os animais dos parques na Austrália ocidental permanecerão seguros.
2. Nova Zelândia declara que animais são “seres sencientes”
O país acaba de revisar, pela primeira vez em 15 anos, as leis de bem-estar animal de 1999,  A reforma incluiu a declaração de que animais são “seres sencientes”, o que equivale a reconhecer as habilidades cognitivas dos animais bem como sua capacidade de sentir emoções e dor, de maneira semelhante aos seres humanos.
A “declaração de senciência” certamente é um progresso, mas nas condições atuais seu valor é majoritariamente simbólico, e não causará nenhum impacto no setor pecuário. A longo prazo, pode desempenhar um papel importante nos códigos que regulam o bem-estar animal dentro das fazendas. Também é um sinal de que os direitos animais estão começando a desempenhar um papel importante na política.
3. Veto à importação de marfim na China
Foto: Diana Robinson/Flickr
Foto: Diana Robinson/Flickr

A cada 15 minutos, um elefante é abatido para extração de marfim. Por conta da alta demanda por esse produto, os elefantes selvagens estão sob séria ameaça de extinção nos próximos 20 anos. A China possui o maior mercado ilegal de marfim do mundo, mas uma medida recente do governo chinês baniu totalmente a importação de marfim para o país, durante o período de um ano. Isso demonstra que as autoridades reconhecem o papel desempenhado pela China na perpetuação do comércio mundial de marfim. O objetivo da medida é avaliar as razões que levaram ao fracasso das atuais leis contra o marfim no país, para que possam tomar providências mais efetivas para coibir o assassinato desenfreado de elefantes.
 4. Fim dos testes de cosméticos na Nova Zelândia
Organizações ativistas e o Partido Verde se mobilizaram pelo fim dos testes de produtos cosméticos em animais no país, e a resposta do governo foi uma alteração na Lei de Bem-Estar Animal que torna a prática ilegal, banindo também quaisquer ingredientes que tenham sido testados em animais na Nova Zelândia. Infelizmente, o veto não inclui cosméticos importados, que representam a maioria dos produtos comercializados no país, mas as entidades continuam trabalhando para estender a proibição.
Essa questão está sendo discutida também na China e nos Estados Unidos, dentre muitos outros países.
5. Fim dos riquixás em Mumbai, Índia
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Esse ano, a cidade de Mumbai, Índia, decidiu pela proibição de seus icônicos carros movidos a cavalos (ou riquixás), que deve entrar em vigor até junho de 2016. Apesar de serem uma grande atração turística, a Suprema Corte declarou os riquixás ilegais devido à crueldade animal. Para que a medida seja aplicada, todos os estábulos da cidade deverão ser fechados e um plano de reabilitação para os cavalos está sendo elaborado. As famílias previamente empregadas no transporte com riquixás também serão contempladas por um plano de ajuda. O programa será concluído até dezembro desse ano. Espera-se que outros países tomem atitudes similares.
Todas essas providências representam maravilhosos avanços para os animais, e a expectativa é que haja ainda mais progresso ao redor do mundo no futuro.

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