O ativista vegano Wayne Hsiung, cofundador da organização Direct Action Everywhere, está enfrentando três anos de detenção após resgatar um cabrito bebê doente que sofria negligência extrema em fazenda na Transilvânia, na Carolina do Norte.

Hsiung realizou o salvamento do filhote durante uma transmissão ao vivo com forma de comprovar a crueldade a que animais explorados para consumo são submetidos. O que deveria servir como uma investigação, serviu como prova de crime de invasão.

Agora, ele está sendo acusado de roubo, invasão e calúnia, acusações que podem deixá-lo ainda mais anos na prisão se o tribunal não interceder a seu favor. O ativista, que também é advogado, está sendo processado pela primeira por “crimes” relacionados a animais.

Segundo Hsiung: “A gravidade dessas acusações e a quantidade de recursos do Estado destinados a esses casos mostra como essa questão se tornou claramente uma prioridade, e em um momento em que a indústria da pecuária enfrenta um acerto de contas na opinião pública”, pontua.

Ele quer aproveitar a oportunidade para levantar a questão do reconhecimento de direitos jurídicos para os animais, como o direito à liberdade e à segurança. Se o tribunal reconhecer o cabrito como sujeito de direito, o resgate será justificado e o ativista solto.

Resgates e investigações como os realizados por Hsiung são fundamentais para dar uma nova chance a esses animais e para alertar a sociedade sobre os bastidores da pecuária. Esses animais são considerados mercadoria e não seres vivos.

Anualmente, ativistas em defesa dos direitos animais enfrentam acusações criminais por resgatar animais vítimas de crueldade por que a Justiça enxerga que espécies exploradas para consumo não sem enquadram nas leis de proteção animal.